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6 maio 2009 - 21h26

Antes da guerra, o silêncio voa

Meu avô, que participou ativamente de uma Guerra, dizia que antes de qualquer ataque, era o silêncio que aparecia, era o silêncio que se ouvia, em uma força de expressão.

Ele nunca ouviu este silêncio, pois sempre esta ouvindo barulho de motor de 12 pistões com rotação de 20 mil rpm na sua frente. Ele mesmo dizia que, se ouvisse o silêncio, era porque não tinha mais motor, asas.

Hoje, poucas palavras, poucos textos, os colunistas quietos. Estamos esperando o ataque. Seremos atacados, nos sabemos. Mas futebol, graças a boas forças, é uma guerra do esporte, do dinheiro, da mídia, dos poderes, com poucas vítimas, e estas não no ‘campo de batalha’. Desta forma, posso afirmar que o silêncio no esporte não é uma fraqueza. O nosso silêncio é o resultado do nosso pensamento único, que relembra nossas maiores vitórias, que aconteceram após o silêncio, como a última, a do Campeonato Paranaense. Nós estávamos no silêncio toda a semana. Nós sempre fomos temorosos de confiar em algo, não porque não confiamos no nosso trabalho, mas porque não saber o que pode acontecer para nos prejudicar. Nós somos pessimistas devido às “n” possibilidades de ações que podem nos derrubar. Em 2004, não fomos pessimistas, colocamos um relógio decrescente, e o que houve? O relógio nunca chegou no 0 e um monte de copos de plástico, sim. Diferente do comportamento de 2001, quando mesmo dentro de nossos dominios, nos temíamos tudo e todos, todos aqueles interesses já comentado na guerra do futebol.

Estamos em silêncio, estamos pessimistas, sim. Não sabemos o que pode ocorrer, a bandeirinha de escanteio pode explodir, a pequena torcida do Atlético que irá ao jogo pode ser desviada para Santos. Estamos cientes que lá não tem apenas 11 jogadores de branco e preto, mas todo um poderio político e financeiro trabalhando contra nós, e nós sabemos que, para ganhar desta máquina da influência e poder, somente podemos olhar e acreditar.

Já deixamos claro que, se temos ‘defesa’ para aguentar este ataque – e sabemos que temos ataque que fura a ‘defesa’ deles-, nós temos chances reais de sair com vitoriosos, mesmo sem troféu em alguma competição que premeie com a vaga na principal competição internacional do nosso continente.

Galera. Hoje é épico.

E os jogadores devem usar aquilo que o Marcão usava no nariz, para das passagem mais fácil ao ar. Vamos ter que correr muito, como eu disse, nossa única arma hoje é nosso plantel do futebol.

Jogadores, estaremos em quase 1 milhão torcendo para os vermelhinhos, contra 50 milhões torcendo para os branquinhos.

Catimba faz parte.



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