Geração Arena
Sou atleticano desde 1987, da época que a gente ia na geladeira do Pinheirão enfrentar Matsubara, Platinense, União Bandeirante e por aí vai… Jogávamos com Marola, Kita, Odemilson, Manguinha, Jacenir, Valdir. O Atlético sempre foi um time sofrível, pois não tinha dinheiro investimentos e nem jogadores bons, mas tinha o que todos os outros não tinham: paixão, uma grande torcida apaixonada pelo clube. Depois de algum tempo voltamos a jogar na nossa casa, a Baixada.
Com o passar dos anos, não foi nosso time que melhorou pois continuávamos com o mesmo nível de jogadores Gilson, Gilmar, Tico Ratinho, Blumenau, mas a nossa torcida jogava junto gritava, incentivava até o final. O povão atleticano sempre teve esta característica… até que MCP mudou a cara pra melhor, crescemos enfrentamos grandes, mas a nosso orgulho, nossa paixão parece que secou… Não vejo na Arena a raça dos jogadores como do passado, não vejo o povão incentivando, vejo a torcida Fanáticos empurrando, mas o resto do estádio apenas apreciando o lugar, as pizzas e o pastel. E o time… que time?
Julião, porque não dividimos a torcida em blocos de 50 torcedores pelo estádio inteiro a fim de gritar, incentivar até o fim e ensinar todos aqueles que nada falam e apenas cornetam? Vocês irão aprender a torcer por amor, por paixão, pois quero meu Atlético de novo da raça da paixão. Aos jogadores, nós fazemos a nossa parte dentro do campo… mas, mesmo assim, se o time perder… ai, meu amigo, a historia será outra… vamos à caça às bruxas, em porta de CT, em porta de vestiário, como sempre foi feito e deu certo!