WallyShow
É nítido. Existem dois Atléticos. Com e sem Wallyson. Foi decisivo contra o Inter. Marcinho fez dois gols, beleza. E além disso jogou muita bola, criando jogadas agudas em direção ao gol. Ah, aquela bola da forquilha merecia entrar…
Mas os dois foram criados pelo Wally. Justifica a cada jogo seu apelido caseiro: possesso. Irrita qualquer zagueiro. Aquela corrida esquisita, acelerando e diminuindo de repente. Provoca, finge, engana, entorta. O Marcelo Cordeiro ficará a semana inteira na fisioterapia pra arrumar a coluna.
É tão agudo, e incomoda tanto a defesa adversária, que rapidamente atrai a atenção e abre brechas para toda a linha de frente. Marcinho cresceu demais. Wesley foi absurdo, multiplicando-se na meia, ataque, pelo centro, pelos lados. Baier demorou um pouco pra sacar o jogo. Mas quando ficou um pouco mais trás, liberando a piazada pra voar, foi fundamental na cadência do jogo. Raul e Marcio Azevedo alternavam-se de forma perfeita.
E voltando aos dois Atléticos, sem WallyShow o time é esforçado. Todos veem, mas falta algo mais. E sofremos. Com ele, até continuamos tomando gols depois dos 40, mas não faz diferença, pois o ataque faz sua parte.