O Atlético dentro da realidade
Devemos aceitar a realidade nua e cruamente, pois já foi o tempo que um time de futebol profissional era apenas uma instituição descompromissada que não pagava impostos, não oferecia conforto e vivia da boa vontade de meia dúzia de sócios.
Hoje, para sobreviver, qualquer clube tem que estar personificado como uma empresa; o que significa dizer que se presidentes, diretores e conselheiros não tiverem a cabeça no lugar, o destino deste é o fundo do poço.
E para não estarmos no fundo deste poço, algumas medidas às vezes antipáticas devem ser tomadas para que esta ‘empresa’ continue aberta. Vamos parar de demagogia e utopia, hoje a historia é outra, aqueles que fazem o espetáculo, por força da lei, têm seus rendimentos tributados. Quem tem ou teve empresa no Brasil sabe do que estou falando, a voracidade por impostos por parte do governo imputa às empresas uma via com dois caminhos. Pagar tudo certinho sem atrasar salários e impostos ou pagar os impostos e atrasar salários ou vice-versa?
Nossas estruturas invejáveis, o fechamento do anel da ‘Brasílio’, salários, impostos, etc, requerem receitas que apenas das cotas de televisão ou da venda de jogadores não são suficientes. Caros atleticanos, vamos apoiar a atual diretoria, a qual herdou os desvaneios dos últimos 4 anos, onde fomos enganados sobre a situação financeira do clube, estando a frente pessoas que queriam se auto promover, resultando na perda de qualidade do time e na fuga dos patrocinadores.
Esta diretoria já mostrou sanidade quando recusou recorrer a bancos para terminar a Arena. Isto afundaria de vez o clube. É preferível levarmos mais dez anos para terminarmos o que resta do que ficarmos empenhados com os banqueiros. A Copa é do Brasil e não do Atlético.