Caríssimos atleticanos, estamos nos tornando especialistas em análises técnicas, táticas, físicas, administrativas e psicológicas.

Nosso campo de experimentos chama-se Clube Atlético Paranaense.

Duvido que exista objeto de estudos melhor que nosso querido furacão.

Ocorre que, até agora, as conclusões não são nada agradadáveis e estão a indicar gravíssimas consequências para a continuidade crescente da instituição, pelo menos na forma que imaginávamos para o futuro grandioso que estipulamos como meta.

Obviamente que o aspecto técnico do futebol é o que tem mais perturbado o sofrido torcedor atleticano. Por mais que se experimente e se observe, parece que estamos desnorteados, sem rumo, perdidos, em função de uma sucessão de erros e equívocos que os últimos anos trouxeram. Elencos fracos, comissões técnicas medíocres, direções vacilantes.

Opiniões fortes, emocionais, raivosas, embora desagradáveis de ler e ouvir, fazem parte do universo futebolístico e, ressalvadas as calúnias e difamações, deveriam ser melhor assimiladas pelos dirigentes e envolvidos com o verdadeiro submundo em que está metido o futebol. O torcedor por não conhecer os meandros deste ‘mundo’, mantém uma imagem romanceada, inocente, deste ambiente e quando os resultados lhes são desastrosos, explode em sentimentos confusos e desabafa nem sempre com a razão.

Veja-se o jogo de ontem. De que adianta afirmar que ‘jogamos bem’, que o resultado ‘foi injusto’, que poderíamos ‘ter ganho o jogo’. A verdade é que perdemos mais um jogo, que estamos, mais do que nunca, perto demais da zona de perigo e que nossas perspectivas são sombrias diante da indigência técnica de nosso time e da inércia dos responsáveis por esta situação.

Só nos resta a Arena e a torcida para impedir o desastre.