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14 set 2009 - 15h31

Mais sorte do que juízo

Após verificar os resultados dos outros times que também estão na rabeira da tabela, constato que em alguns momentos o Atlético tem mais sorte do que juízo. A 24ª rodada é um exemplo disso. Explico:

Segundo o técnico Antônio Lopes, não merecíamos a derrota. Até concordo em partes, mas o que vale no futebol é a bola no barbante e os três pontos. Merece vencer quem faz gol e não necessariamente quem teve mais chances. Só fizemos um e o Galo fez dois. Matemática pura. Ok, ok… teve ainda o árbitro tendencioso e ‘caseiro’ em alguns lances capitais, mas erros de arbitragem vem acontecendo sistematicamente e enquanto a comissão de arbitragem não passar a punir árbitros e bandeirinhas (alô Hausmann), com base em ‘taipes’, como acontece hoje com os jogadores e técnicos, temos que jogar com mais inteligência e driblar mais este adversário na luta contra o rebaixamento, que já se tornou a triste rotina do Atlético nos últimos anos e o calvário da torcida no Campeonato Brasileiro.

Mesmo com a derrota para o Galo em Minas, que de certa forma pode ser considerada ‘natural’, tivemos sorte porque a turma da parte debaixo da tabela também não venceu e colaborou para estarmos ainda há quatro pontos da ZR. Náutico, Sport e Santo André perderam, já Fluminense e Botafogo se abraçaram em um zero a zero.

O Atlético já acumula quatro jogos sem vencer no Brasileirão e não demonstra a mesma reação e força apresentadas logo na chegada do delegado. Antônio Lopes tem mérito por ter consertado nossa defesa. Mesmo com alguma falhas, considero que houve uma melhora substancial no setor defensivo, muito em função da utilização de Nei (que ontem fez uma partida horrível, infelizmente) como zagueiro e também do crescimento de produção do ex-júnior Manoel.

Paulo Baier continua sendo o maestro do meio campo, mas sozinho não resolve todas. Ontem novamente foi fundamental e o nosso gol saiu de jogada iniciada em seus pés, porém o piano está pesado demais para ele carregar sozinho. Wesley teve lampejos de bom futebol como ala-direita e hoje demonstra que está claramente fora de posição. Não tem conseguido subir com objetividade e nem marcar com eficiência. Márcio Azevedo certamente é um dos jogadores com mais disposição em campo e, particularmente, gosto do seu futebol ‘agudo’. Pena que ele precisa melhorar demais o principal fundamento da sua posição: o cruzamento.

O ataque do Furacão é o grande problema neste ano. Temos peças que não vem correspondendo a contento, somadas a outras com reconhecida insuficiência técnica. O resultado disso é que o Atlético tem o segundo pior ataque do Brasileirão. Muito pouco para um time que se acostumou a ter ataques mortais nos últimos anos. Alex Mineiro, mesmo não tendo ainda 100% de sua capacidade física, segue como única boa opção de ataque, uma vez que Marcinho não tem a mínima condição de ser titular com a bolinha que vem jogando e que o garoto Wallyson não consegue emplacar uma boa partida há muito tempo, tamanha a displicência apresentada nas últimas partidas.

Sugiro que o técnico Antônio Lopes procure fazer o simples na hora de escalar o time e aqui deixo as opções:

– Escalar Wesley como companheiro de ataque do Alex Mineiro;
– Enquanto o zagueiro Rhodolfo não retorna de lesão, formar a zaga com Manoel, Nei e Bruno Costa;
– Chico atuar na sua função, ao lado do Valencia, como volante;
– Raul na ala-direita.

São opções perfeitamente cabíveis para o delegado trabalhar com o que tem em mãos já que, de todas as improvisações feitas até agora, a única que parece ter funcionado é a do Nei jogando como zagueiro da sobra.



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