Lopes e Atlético serão julgados na terça-feira
O técnico Antonio Lopes e o Atlético serão julgados na próxima terça-feira, dia 22, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelas confusões ocorridas no jogo contra o Flamengo, no último dia 6. Naquela partida, o árbitro Leandro Pedro Vuaden relatou na súmula a confusão envolvendo o Delegado com o auxiliar Altemir Hausmann e o arremesso de uma revista no setor Madre Maria, próximo do acesso aos vestiários.
Lopes foi denunciado por manifestação de forma desrespeitosa contra o assistente e foi incluso no artigo 188 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Segundo a denúncia, o treinador reclamou de forma acintosa e ainda o chamou de “injusto e sem caráter, confusão captada pelas câmeras e microfones dos repórteres que estavam à beira do campo. O técnico do Furacão pode pegar até 180 dias de suspensão.
Já o clube corre o risco de perder até 10 mandos de campo por conta da revista atirada no gramado, mas que não atingiu ninguém, segundo o relato do árbitro na súmula. Mesmo assim, o Atlético acabou sendo denunciado por deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto e não prevenir e reprimir a sua invasão bem assim o lançamento de objeto no campo ou local da disputa do evento desportivo, incluso no artigo 213 do CBJD.
Além da perda de mando, o clube ainda pode arcar com uma multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil. Esta será a segunda vez neste Campeonato Brasileiro onde o clube responderá por atos de seus torcedores. Na primeira, uma troca de bombas com a torcida do Coritiba, o clube foi multado em R$ 20 mil e perdeu um mando de campo, que posteriormente teve decisão alterada pelo pleno, ficando livre da multa.
Relembre o caso
Minutos antes de o árbitro Leandro Vuaden apitar o começo do segundo tempo entre Atlético e Flamengo, o técnico Antonio Lopes se envolveu em uma confusão com o assistente Altemir Hausmann. Segundo o Delegado, o bandeirinha o agrediu fisicamente durante o primeiro tempo. Em poucos segundos, todos os repórteres esportivos que cobriam a partida cercaram o técnico para entender o ocorrido e atrasaram o início da etapa final.
Expulso de campo, Lopes saiu do gramado acompanhado por policiais militares e afirmou que iria prestar queixa contra Hausmann. Enquanto isso, o preparador físico Riva Carli comandou os jogadores atleticanos durante todo o segundo tempo.
BO
Durante a coletiva de imprensa, Antonio Lopes explicou o ocorrido. “Ele errou numas situações de impedimento, de falta. Eu olhei pra ele, com um olhar recriminando a situação pelo fato de não estar atento. Em determinado momento, ele passou pela área técnica e me deu um cutucão, um chega-pra-lá. Eu falei pra ele que faria um registro de um BO, pelo fato de ele ter me dado um chambão e eu acho que ele então para justificar esse comportamento deve ter pedido ao árbitro para me expulsar. Uma expulsão injusta, sem dúvida nenhuma, foi ele que praticou esse ato. A gente acaba deixando de trabalhar um tempo, prejudicando a equipe por causa de um comportamento totalmente errado. Os árbitros erram e a gente têm de tomar providência. Vou fazer o registro do BO para que ele seja punido não só na esfera criminal, mas na esfera do futebol”.