O Fala, Atleticano é um canal de manifestação da torcida do Atlético. Os textos abaixo publicados foram escritos por torcedores rubro-negros e não representam necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site. Os autores se responsabilizam pelos textos por eles assinados. Para colaborar com um texto, clique aqui e siga as instruções. Confira abaixo os textos dos torcedores rubro-negros:
19 dez 2009 - 12h55

Curitibanos

Nasci no interior de São Paulo, vim pra Curitiba em 1966. Época que meu falecido pai decidiu por essa cidade (outra opção era Goiânia-GO) com total apoio de minha mãe, para morar, trabalhar, criar os filhos, enfim, viver e crescer numa capital brasileira. Herdo de meu pai a paixão pelo Furacão, que adotei com fidelidade, em anos de Santos de Pelé, Botafogo de Gerson, Academia do Palmeiras e outros; ficando pra segundo plano torcer pros clubes paulistas que descendemos.

Fidelidade que entendi e me comoveu em 1983. Quando naquele jogo do Furacão com o São Paulo, no Morumbi, vi meu pai (que era torcedor do São Paulo) otimista, acreditando e vibrando com a raça, hombridade e dignidade com que enfrentamos e ganhamos do São Paulo. Oportunidade, que ele falou que queria ver a cara do Marcio Guedes, que intitulou o CAP de time medíocre. Ficava indignado com cronistas e jornalistas quando comentavam sobre o futebol paranaense. Viu a transformação e o titulo brasileiro do Furacão. Feliz e orgulhoso pela escolha; anônimo, mas um grande defensor e admirador do Furacão e dessa cidade onde viveu por 38 anos. Deixou esse mundo acompanhado por Deus e a bandeira Rubro-Negra.

Eu, atleticano, cresci, estudei e me formei nessa cidade. Treinei na categoria infanto-juvenil do CAP nos anos 70. Onde me orgulho de ter jogado no Joaquim Américo e assistidos jogos do Furacão junto do ETA. Sou cidadão curitibano. Curitiba faz parte da minha vida. Testemunhei o crescimento e acontecimentos dessa cidade; o que me qualifica a elogiar e criticar Curitiba e curitibanos.

Resolvi escrever após ler o texto (Somos uns m… por João Carlos Assunpção), no Fala, Atleticano! (17/12/09). É de se concordar que o curitibano não se preocupa com a falta de identidade que o país coloca em Curitiba. Dá pra citar inúmeros fatos e casos que Curitiba não é mais dos curitibanos. Não existe um sentimento de orgulho. Bancos e empresas foram entregues ao comando de outros. O Malutron, hoje Corinthians Paranaense. O centro norte do estado os times do coração são paulistas; no oeste do estado se torce pra Inter e Grêmio. Personalidades, artistas e políticos que nasceram, que foram criados e os que moram aqui, precisão vender melhor a imagem de Curitiba. Os curitibanos passam uma imagem de seres de outro planeta pro restante dos brasileiros. Pela atitude passional, por não formar opinião, pela maneira que as lideranças cuidam e se fazem presente ao tratar dos interesses da cidade e do estado; nos retorna a condição de provincianos.

No futebol é uma lástima, representação não existe. Dirigentes incompetentes e oportunistas, que ficam preocupados com picuinhas caseiras, e covardes na hora de enfrentar CBF, STJD, Clube dos 13 e rede Globo. O João Carlos Assunpção, em seu texto deixou de citar o jogo Vasco e Paraná, quando Eurico Miranda entrou em campo e terminou a partida, levando a bola faltando alguns minutos pra terminar o jogo, pois o Paraná corria o risco de ganhar o jogo. Punição? A posição tomada pela federação Paranaense e a do coxa na ocasião da final da nossa Libertadores. Dirigentes sem moral, sem coragem, sem caráter para representar o povo curitibano. Era a chance de Curitiba e seu povo ser mostrada pro Brasil e pro mundo. Era a chance do coritiba de lucrar com o evento. Mas a inveja, arrogância, incompetência, covardia, burrice, …. falou mais alto. São fatos que evidenciam a falta do orgulho de ser curitibano, ficar indiferente às causas e tradições, não valorizando e não se impondo que levam as entidades nacionais a fazer e tratar as coisas de Curitiba conforme seus interesses e conveniências.

Vergonha nacional! Colocado pela mídia local, o acontecimento de 06/12/2009. O curitibano coxa-branca se disse envergonhado pelo acontecido. Culpando os bárbaros. Longe de mim defender a atitude, mas os bárbaros, defenderam a honra, o orgulho e pedindo respeito pelo seu time. Claro, na ignorância e no limitado poder de discernimento das conseqüências. Atitude esperada de pessoas sem juízo e informação. Mas e a maioria dos curitibanos coxa-branca, pessoas de bem e esclarecidos, foram covardes, mentirosos, incompetentes, irresponsáveis e arrogantes com a imagem clube e conseqüentemente com Curitiba. Alegam que estão sendo massacrados pela mídia. Deviam ficar felizes. Pois afinal, conseguiram espaço no noticiário nacional e mundial para divulgar os 100 anos. Inteligência, determinação, atitude profissional, argumentos convincentes, propostas honestas, comprometimento, otimismo, audácia, é o que se espera dos mandatários no cuidado e zelo da imagem das instituições. Se Curitiba é considerada cidade do 1° mundo. Precisamos de governantes de tal quilate.

E o nosso Furacão? O que esperar dessa diretoria? E o Malucelli? Que como Raulzito já dizia: “Ta vendo tudo e fica aí parado com cara de viado que viu caxinguelê”. A responsabilidade dos senhores é tão grande, quanto as dos coxas. Façam um time competente pra 2010. E coloquem o Furacão pra brigar por títulos. E assim melhorar a imagem de Curitiba. Manchada pelas papagaiadas, porcadas, paraibadas, pisca-pisca e outros 100 itens do maior fiasco da história do futebol.

E só pra lembrar: Volta, Petraglia! Petraglia é o representante para o futebol paranaense. Pois se alguém ainda teme ou respeita nosso futebol, é porque um dia ele estava lá lutando e defendendo os interesses do futebol paranaense.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…