Mais do mesmo
Havia eu decidido, para mim mesmo, não mais escrever sobre as qualidades (?) do time.
Tanto a diretoria do CAP, que conta com o gênio paranista Ocimar Bolicenho, quanto Antônio Lopes, certamente entendem muito mais de futebol.
Além disso, não perdem tempo considerando as amadoras opiniões da torcida.
Pra quê, então, escrever sobre posicionamento de jogadores? Ou sobre tática? Ou sobre posicionamento?
Num time onde a maior revelação da zaga é improvisada na lateral direita, o que dizer sobre escalação?
Num time onde o meio-campo, ainda que contendo quatro jogadores, inexiste, e foi incapaz de criar qualquer um dos oito gols feitos sobre o Serrano, o que dizer sobre táticas?
Num time onde o lateral esquerdo tem que buscar a bola na defesa, sair jogando, tabelar no meio e ainda cruzar da linha de fundo, o que dizer sobre posicionamento?
Que ninguém espere que os colombianos venham a resolver todos os problemas. Ou que Paulo Baier, sozinho, transforme toda a mediocridade que aí está.
É urgente a contratação de alguém para jogar na lateral direita; de alguém para jogar no meio campo, auxiliando Paulo Baier; e de alguém para jogar no meio campo, como segundo volante, auxiliando Valência.
Sem essas contratações, melhor abdicar de qualquer esperança de bons campeonatos (nem estou a falar de títulos).
Ao Adolfo Rocha e aos outros ‘Velhos Corneteiros’.
Por favor, não coloquem todos os ‘jovens’ no mesmo saco. Não sou como o tal Rodrigo Machado.
Ainda menino, com menos de quinze anos, tomava três ônibus para ir ao Pinheirão ver o CAP jogar na quarta-feira à noite, contra o Grêmio Maringá, Operário e outros.
Lembro que sempre perguntava aos mais velhos, a quem aprendi a respeitar, tudo sobre o time. História, escalações, motivos pelos quais éramos presas fáceis para os verdes e para o recém nascido frankestein da favela.
Na banca de jornais da minha tia, perto da Boca Maldita, sempre ficava escutando o povo falar sobre o time, sobre as maracutais da diretoria, sobre a burrice dos dirigentes (isso mudou?).
Aprendi com a sabedoria dos mais velhos. Essa que, infelizmente, não está em todos, provando que idade não lhe é sinônimo.
Nossos dirigentes o provam dia após dia.