Esperando o Atlético
Em pouco mais de uma semana e meia o Atlético se tornou uma espécie de absurdo. Na linguagem teatral este quesito surgiu na segunda metade do século XX, com dramaturgos como Ionesco, Qorpo Santo e Beckett.
O exagero da goleada impiedosa sobre o frágil e amador Serrano despertou dúvidas na torcida, que mesmo com o placar dilatado se perguntava sobre qual seria a realidade deste ato. Na cena seguinte, a sonolência noturna em Cascavel teve um protagonista: Manoel. Certamente um dos melhores jogadores do elenco e nosso melhor zagueiro foi o coringa escolhido por Antônio Lopes para interpretar a dificílima missão de atuar pela lateral direita. Noventa minutos depois ficou nítida que ali não é lugar do zagueiro, e o Atlético procura por alguém capaz de vestir a camisa 2 Raul deixou seu bom futebol nas partidas da Taça São Paulo de 2009.
Dentro da sequência semanal, fechando o ciclo uma atuação contra o Jotinha, uma equipe bem estruturada em um estadual deficitário para grande parte das equipes fora os três da capital. A imagem do impiedoso do sábado passado retorna com o gol logo com um minuto de jogo. Mas, como o futebol é fantástico, haja tempo, haja mais um gol, que surgiu e consolidou a vitória aos 45 da etapa final.
Como um começo absurdo, a torcida aplaude, desconfiando que estamos Esperando o Atlético.