Confesso que jamais vi anteriormente tantas e tamanhas reclamações da nossa torcida em relação à nossa Diretoria aos nossos jogadores, ao nosso técnico, enfim, a tudo o que diga respeito ao nosso Atlético; ninguém escapa.

Até no pé do menino Neto (goleiro), andaram pegando, referindo que ele falhou no gol tomado contr o Nacional; ou seja, para a grande maioria dos nossos torcedores, ninguém presta; aliás, o próprio Baier, vez por outra, é lembrado mais pelo seu lado ‘negativo’ (por ser veterano). No mesmo toar, criticam o Alex Mineiro e o Clation, que nem sequer jogaram ainda.

Agora, centraram as baterias de ataque em cima do Antônio Lopes que, sem qualquer dúvida, é o melhor dos técnicos que poderíamos ter nas nossa atuais circunstâncias.

O empate com o Nacional, ao meu ver, diz muito com a juventude da nossa equipe que disputou essa partida (Neto, Gerônimo, Raul, Manoel, Rhodolfo, Azevedo, Patrick, Wallyson), estes, aliás, à exceção do Azevedo, todos oriundos das nossas categorias de base.

A partir daí, pergunto: quem mais, a não ser o Antônio Lopes, possuiria personalidade para bancar a presença de toda essa rapaziada no time, sem cair duas partidas depois?

Está certo que o Patrick, por exemplo, parece haver esquecido de jogar futebol, mas, o Wallyson, nem tanto, pois se movimentou bem durante a partida, arrematou em gol, correu (perdeu um gol feito, é verdade, mas estava lá para conferir). O Toledo, pelo pouco que mostrou, merece entrar jogando na próxima partida, isso se estiver bem preparado fisicamente, é claro.

O Bruno Mineiro está voltando; o Marcelo, jogador diferenciado – só não vê quem não quer-, volta logo.

A equipe hoje, apesar das limitações, é estável; o Lopes arrumou a defesa; com o tempo, irá definir o meio de campo e o ataque, com boas opções de reposição.

Irmãos rubro-negros: vamos deixar um pouco de lado essa deletéria moda que recentemente assumimos de somente criticar e xingar. Pensem bem: aonde isso vai levar? Eu respondo: ao caminho da desmobilização e da desunião da nossa torcida.

Vamos falar sim, sugerir, discordar, mas sem xingar ou menosprezar quem quer que seja; já pensaram em trabalhar debaixo de ofensas e xingamentos dia após dia? Quem se anima a produzir e a melhorar com um clima desses?

Vamos, pois, voltar às nossas verdadeiras origens; essa postura que estamos tendo atualmente em relação ao nosso Clube sempre foi a de nossos vizinhos alvi-verdes em relação ao deles; e vocês todos viram no que deu e no que ainda certamente dará.

Ah… para terminar, repito: deixem o ‘pato véio’ trabalhar; ele sabe o que faz e porque faz.