A SESP, em uma atitude arbitrária, demonstrando sua total incompetência em promover a segurança pública, através de uma resolução, que eu ouso chamar de atestado de incompetência, resolveu banir dos estádios paranaenses, todos os materiais das torcidas organizadas, com o “intuito” de acabar com as badernas.

Ocorre que o Il. Secretário de Segurança não atentou para o fato, que muito raramente, com exceção do episódio protagonizado pelos coxinhas, as brigas se dão dentro dos estádios.

Proibir bandeiras, faixas e similares é acabar com a festa do futebol, ou ele acha que alguém da nossa torcida ou de qualquer outra do nosso Estado, a não ser os verdes, arrancarão os mastros das bandeiras e partiram para a guerra.

Ainda, proibir a utilização de camisas, bonés, gorros ou qualquer coisa que identifique a torcida também não resolverá nada, ou ele acha que os marginais, falsos torcedores, de qualquer que seja o time, deixarão de “aprontar” só porque não estão com a camisa da organizada, o que o Il. Secretário acha? Que as camisas das organizadas dão super-poderes a essas pessoas.

Exemplificando, os policiais que são corruptos, quando tiram a farda deixam de ser corruptos ou todos que usam fardas são corruptos? Acho que não é por aí, ele está generalizando, em todos os ambientes sociais existem pessoas boas e pessoas más, o que se deve fazer é identificar a más e puni-las.

E a palhaçada do bafômetro, quer dizer que se eu resolver sair para almoçar no domingo e resolver tomar uma cervejinha, uma caipirinha ou sei lá o que, poderei ser pego no bafômetro e proibido de entrar no estádio? Não sabia que a ditadura havia voltado a vigorar no Brasil, nem que houve a publicação de uma nova lei que proíbe o consume de bebidas alcoólicas em dias de jogos. PALHAÇADA.

Ilustre Secretário, tenho uma sugestão para você, porque não baixa uma resolução e acaba com os jogos de futebol no Estado, tendo em vista a ameaça nacional que eles são. Assim, não vai ter que toda segunda-feira dar explicações acerca da incompetência da segurança pública em coibir os marginais que se camuflam entres os verdadeiros torcedores.

Em tempo, destaco que não pertenço a nenhuma torcida organizada, mas admito que sou fã do espetáculo que elas promovem nas arquibancadas.