Relembre outros casos de racismo no futebol
Depois da acusação do zagueiro Manoel sobre as atitudes racistas de Danilo, do Palmeiras, durante a partida de ida da Copa do Brasil, em São Paulo, infelizmente vemos que não é a primeira vez que ofensas sobre a cor da pele de jogadores são proferidas nos gramados.
Relembre outros casos de racismo no futebol:
Grafite x Desábato
Na Libertadores de 2005, o atacante Grafite foi expulso no jogo entre São Paulo e Quilmes (ARG) após empurrar o rosto do zagueiro Desábato. Ao deixar o campo, Grafite explicou o motivo de sua atitude afirmando que foi ofendido pelo argentino, que o chamou também de macaco. Revoltado com a atitude do adversário, o atacante são-paulino prestou queixa. Désabato acabou detido após o jogo e só foi liberado no dia seguinte.
Tinga x torcida do Juventude
Também em 2005, foi a vez do volante Tinga, que defendia o Internacional, ouvir ofensas racistas. Porém, os gritos de “macaco” não vieram de um jogador adversário, mas sim da torcida do Juventude, em um duelo no Alfredo Jaconi pelo Brasileirão. Ao contrário de Elicarlos e Grafite, Tinga não levou o caso para a polícia e preferiu deixar na mão do árbitro o relato do ocorrido na súmula da partida.
Antônio Carlos x Jeovânio
Outro caso de racismo pôde ser visto em 2006, quando o zagueiro Antônio Carlos, do Juventude, teria chamado o volante Jeovânio, do Grêmio, de macaco. O primeiro foi expulso após agredir o adversário com uma cotovelada e, ao sair de campo, teria chamado Jeovânio de “macaco” – esfregou os dedos no braço para indicar a cor do volante gremista.
Toró x Fernando Caballero
Na pré-temporada do Flamengo em Teresópolis, em 2008, durante um jogo-treino contra o Huracán Buceo, do Uruguai, os jogadores rubro-negros acusaram o zagueiro Fernando Caballero de ofensas raciais. No primeiro tempo, o uruguaio se desentendeu com Toró e houve bate-boca. Ibson, defendendo o companheiro, gritou:
– Não vem de racismo aqui!
Toró confirmou a ofensa ao final da partida. A palavra usada pelo uruguaio teria sido “macaco”.
Eto’o x torcida do Getafe
Em 2004, o camaronês Eto’o foi alvo de insultos racistas na partida entre Barcelona e Getafe, válida pelo Campeonato Espanhol. Cerca de 50 torcedores do Getafe imitaram macacos cada vez que o jogador tocava na bola.
Olisadebe x torcida polonesa
Em 2001, durante um amistoso entre a Polônia e a Islândia, torcedores poloneses jogaram bananas no campo. Olisadebe foi o primeiro jogador negro a vestir a camisa da seleção polonesa e, apesar de números impressionantes, como marcar oito gols nas Eliminatórias para a Copa de 2002, foi alvo de insultos.
Balotelli x torcida da Roma
O atacante italiano Balotelli esteve em um evento com a seleção italiana sub-21 em Roma. Torcedores da Roma atingiram duas bananas no jogador, que foi parabenizado pelo treinador Casiraghi por não reagir e minimizar o caso.
Roberto Carlos x torcida do Atlético de Madrid
Em 2005, no clássico entre Real Madrid e Atlétido de Madrid, a torcida do Atlético imitava sons de macacos quando alguns jogadores, entre eles Roberto Carlos, pegavam na bola. O caso foi parar na Federação Espanhola de Futebol, pois o clube pode ter sido cúmplice ao permitir que o som da torcida fosse ouvido no sistema de som do estádio.