1 jul 2010 - 15h58

Equatoriano não foi bem nos últimos clubes

O atacante Joffre Guerrón, principal contratação do Atlético para o restante da temporada, chega ao Furacão cercado de grande prestígio e causando muita expectativa na torcida. Isso porque o equatoriano vem precedido do cartaz de ter sido o melhor jogador da Copa Libertadores da América de 2008.

Vestindo a camisa da Liga Deportiva Universitaria, de Quito, Guerrón conquistou o título da competição mais importante de clubes nas Américas. Foi unanimente eleito pela imprensa como o melhor jogador da competição, o que lhe rendeu grande prestígio. Não só os jornalistas especializados, mas também os torcedores reconheram o talento de Guerrón. Ele foi apontado em uma enquete do jornal o Globo, por exemplo, como o craque da Libertadores 2008.

Guerrón também recebeu o prêmio oficial do Santander, principal patrocinador da Libertadores, como o MVP (jogador mais valioso) da competição. Ganhou uma premiação em dinheiro e uma obra do artista brasileiro Romero Britto.

Sem adaptação na Espanha

O grande destaque atingido pelo equatoriano naturalmente despertou o interesse de outros clubes. A LDU acabou negociando Guerrón com o Getafe, equipe da região metropolitana de Madrid, que apesar de modesta disputa a primeira divisão do Campeonato Espanhol desde 2004/2005. O atacante assinou um contrato de quatro anos com o Getafe, que desembolsou quatro milhões de euros para ficar com o jogador.

Mas a passagem de Guerrón pelo Getafe não foi como se esperava. Segundo o Diário AS, da Espanha, o desempenho do equatoriano não foi satisfatório. Ele começou como titular, mas não conseguiu se adaptar e rapidamente deixou de ser uma opção no clube espanhol. Em fevereiro de 2009, com poucos meses de clube, Guerrón já era questionado pela imprensa sobre seu baixo rendimento. “São coisas do futebol, mas tenho tranquilidade e calma. Quando você troca de equipe está acostumado a uma coisa e as mudanças interferem”, tentou explicar.

Não houve tempo suficiente para ele triunfar e em junho de 2009, o Getafe decidiu liberar o atleta, que só jogou 544 minutos e fez somente um gol. A qualidade demonstrada um ano antes foi suficiente para despertar o interesse de vários clubes. Santos, América do México, Udinese, River Plate e Corinthians fizeram propostas, mas o Cruzeiro aceitou pagar 500 mil euros pelo empréstimo de um ano e ficou com o jogador.

Sem empolgar no Cruzeiro

No time mineiro, Guerrón também não chegou a empolgar. Em um ano, disputou 29 partidas e marcou cinco gols. Seu contrato de empréstimo terminaria no final de julho e o Cruzeiro tinha a opção de comprar 100% dos seus direitos econômicos junto ao Getafe por 2 milhões de euros. Porém, a diretoria do clube achou por bem liberar o atleta e investir em Robert, do Palmeiras.

Com a camisa da Raposa, teve apenas lampejos do futebol demonstrado quando vestia a camisa da Liga. Além disso, sofreu com contusões. Foram pelo menos três problemas em onze meses: uma lesão muscular na região posterior da coxa esquerda, contratatura na parte anterior da coxa esquerda e lesão no tornozelo direito.



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