Era o que faltava…
Faltava experiência…
Faltava Baier…
Faltava vontade.
Que eu tinha de sobra.
Fazer 150 km para ver meu Furacão em Cascavel não seria fácil, em virtude não só da distância, mas da minha profissão de empresário de papelaria.
Mas fui com minha esposa e com meu ânimo.
Chego lá e vejo um time apático. Sem vida. Não foi falta de ânimo, não. foi falta de vida mesmo, o time não criava, não evoluia. Os jogadores não tinham vontade nem sequer de estar em campo, e não fizeram nada para esconder isso. Não corriam, não se esforçavam. Apenas estavam em campo.
Apenas o Madson corria, e só corria.
Faltou respeito não só ao Clube Atlético, mas também aos PARANAENSES que estavam no Estádio Olímpico acompanhando e torcendo pelo Furacão.
Pareciam um bando de curitibocas indo jogar uma pelada no interior do estado.
Ué piá. Sou atleticano, exijo o melhor. Não interessa se estou em Curitiba ou em Cascavel.
A diretoria quer transformar o Atlético no mais Paranaense dos clubes, porém não exige que os jogadores se esforcem no mais paranaense dos campeonatos de futebol.
‘Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo em que fazes.’
(Fernando Pessoa)
Querem ir jogar na Europa? Sejam inteiros, coloquem o que vocês são, mesmo jogando em Cascavel contra o lanterna do campeonato.
Sou atleticano,
Sou paranaense,
Sou do interior, igual a você.