Era só o que faltava. Não bastasse deixar o Atlético com um belo rombo nas contas, tentar convencer os atleticanos a dividir a Arena da Baixada com o povo verde, agora o ex-todo-poderoso MCP volta a se unir com Giovani Gionédis, ex-presidente coxa.

Ambos já haviam trabalhado juntos no mundo político, mas consta que haviam se tornado “inimigos” no mundo da bola. Vê-se que não esqueceram as regras da tradicional politicagem brasileira, onde tudo muda de acordo com a conveniência. E não é de se espantar que a união tenha acontecido neste momento: o Atlético tem eleições marcadas para o final do ano e MCP quer voltar. Mas, como sempre, quer ser unanimidade, não quer opositores. Quer sempre ser o candidato único. Há quem crave que é por arrogância, mas eu creio que é por medo de perder mesmo.

E contra quem eles se uniram? Contra a liberdade, contra a coragem, contra a independência, que neste caso específico responde pelo nome de Luciana Pombo. O ex-comandante assume definitivamente e publicamente seu lado coronelista – como se fosse preciso – e move uma ação contra a jornalista. Quer que ela não cite mais seu nome, não investigue mais, não revele mais nada. Exige que ela se cale.

Quem é o advogado na ação? Giovani Gionédis.

Mas o que Luciana Pombo fez? O que sempre faz: denunciou e segue denunciando. O que o outro tenta? O que sempre tentou: tirar os possíveis adversários da frente para ter o poder só para si, calar a voz dos que ousam contradizê-lo, impor sua opinião mesmo que seja a mais equivocada de todas.

Quem vencerá: a coragem ou o medo? O Atlético já provou que sobrevive sem empáfias e arrogância. O tempo dos coronéis já era.

Chega de MCPs e GGs.

Cadeira de balanço neles.