Contratação de Geninho contraria discurso da diretoria
O anúncio da contratação do técnico Geninho, nesta segunda-feira, contradiz o discurso de dirigentes do Atlético durante o período de seleção do sucessor de Sérgio Soares. Logo que o antigo treinador pediu demissão, o diretor de futebol Valmor Zimermann afirmou que o novo profissional seria “De preferência, um técnico que seja vibrante e que venha dar uma sacudida no time”.
Dias depois, o superintendente de futebol Ocimar Bolicenho descartou a possível contratação do argentino Alejandro Sabella porque seu nome não causaria impacto. “Não adianta ter currículo, tem que ter impacto”, afirmou, em entrevista à Gazeta do Povo.
Mais recentemente, o presidente Marcos Malucelli justificou a demora para contratar um técnico porque o clube pretendia adotar uma solução inovadora. “Eu queria sair dessa mesmice. Vai chegar um momento que nós vamos ter que decidir. Mas a minha vontade era inovar”, disse ele, em entrevista à Rádio Transamérica.
As próprias palavras de Malucelli já davam o indício de que o clube teria de flexibilizar as exigências porque em algum momento teria de ser contratado um técnico. Geninho é um treinador querido pela torcida atleticana, mas está longe de ser um nome que cause “impacto”. Além disso, dentre suas maiores qualidades como técnico não está a característica de ser vibrante, como queria Zimermann.
Aliás, o próprio diretor já havia descartado o nome de Geninho há duas semanas. O Geninho já passou várias vezes aqui. Nós queríamos dar uma mudada”, disse Valmor à Gazeta do Povo em 8 de fevereiro.