21 fev 2011 - 15h11

Mais de 15 nomes foram cotados pelo Furacão

Paulo Roberto Falcão, Caio Júnior, Hélio dos Anjos, Marcelo Bielsa, Silas, PC Gusmão, Dunga, Zico, Emerson Leão, Jorginho, Mauro Fernandes, Matosas, Jorge Fossati, Levir Culpi, Bonamigo, Vágner Mancini, Alejandro Sabella. Não se trata da relação dos convidados para a Footecon, nem do verbete “Treinadores de Futebol” da Wikipedia. A lista inclui todos os nomes cogitados pelo Atlético para assumir o lugar deixado com a demissão de Sérgio Soares.

Sem uma opção óbvia no mercado, o Atlético optou por ouvir muito, sondar e avaliar até bater o martelo e acertar com Geninho. Inicialmente, o clube chegou a traçar um perfil, revelado pelo diretor de futebol Valmor Zimermann: um treinador vibrante, que pudesse dar uma “sacudida” no time.

Logo de cara, PC Gusmão, recém-demitido do Vasco, surgiu como o nome mais forte. Segundo consta, era apoiado por Ocimar Bolicenho. Chegou a fazer uma proposta e não foi descartado de cara, mas acabou ultrapassado com o passar das horas. Os paranaenses Caio Júnior e Levir Culpi foram consultados, mas ambos declinaram em razão dos contratos em vigor com clubes do Oriente.

Depois, o desempregado Silas e Hélio dos Anjos pintaram como favoritos. O primeiro teria sido oferecido ao clube por meio de diversos intermediários, o que causou má impressão. O segundo acabou seduzido pela proposta de voltar a dirigir o Sport, e deixou o Vila Nova. Curiosamente, esta mudança estaria diretamente ligada à solução do problema do Atlético, já que Geninho passou a ficar desempregado.

Em maior ou menor intensidade, os outros técnicos foram cogitados pela cúpula rubro-negra. Alguns chegaram a ser efetivamente contactados, como o argentino Marcelo Bielsa, que teria declinado do convite por pretender comandar alguma seleção e entender que necessitaria alguns meses para se adaptar.

A vitória de goleada sobre o Paraná Clube retirou a urgência de fechar com um nome. Leandro Niehues foi vencendo os jogos e foi sendo mantido. Com isso, a diretoria passou a trabalhar com duas possibilidades: o conservadorismo de fechar com treinadores ainda em ascensão no cenário nacional, como Silas e PC, ou o risco de buscar um nome diferente no cenário, eventualmente desembolsando um valor mais elevado.

Por muito pouco, Paulo Roberto Falcão não se tornou técnico do Atlético. Marcos Malucelli e Enio Fornéa foram a São Paulo para fechar com o atual comentarista da Rede Globo, mas o negócio não foi fechado porque Falcão exigiu dois anos de contrato. Com isso, o Atlético voltou à estaca zero. Alguns chegaram a especular o nome de Silas, que de fato chegou a ser bem cotado antes, mas a real possibilidade de acertar com Falcão mudou a perspectiva dos dirigentes atleticanos.

O presidente Marcos Malucelli resolveu insistir com Caio Júnior e voltou a entrar em contato com ele. Interessado em dirigir o Atlético, Caio se convenceu a conversar com o presidente do Al Gharafa e tentar uma liberação antecipada. Mas não houve acordo com o xeque Hamad, e Caio acabou sendo descartado.

A derrota no Atletiba impôs uma solução imediatada. Assim, a diretoria anunciou no início da tarde desta segunda-feira o retorno de Geninho, técnico com duas passagens pelo Atlético e os títulos de campeão brasileiro (2001) e paranaense (2009).



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