Monique Silva

O técnico Adilson Batista é o novo comandante do Atlético. Anunciado pela diretoria atleticana para a sequência da temporada, o treinador de 42 anos estava sem emprego após sair do Santos, em fevereiro. Ele substitui Geninho, que foi demitido ontem do Furacão. Adilson, que já trabalhou no próprio clube, foi jogador antes de iniciar a carreira de treinador, em 1986.

O contrato de Adilson com o Furacão é até o final do ano. Ele foi apresentado aos jogadores nesta terça-feira e comanda o time que enfrenta o Cianorte, no domingo. Junto com ele, integram a comissão técnica formada por o auxiliar técnico Ivair Junior e o preparador físico José Mário Campeiz.

Paranaense de Adrianópolis, Adilson atuava como zagueiro e tinha características de liderança em campo. Começou a carreira nas categorias de base do Furacão, em 1986, onde participou da conquista do Campeonato Paranaense de 1988. No ano seguinte chegou ao Cruzeiro, levantando os campeonatos estaduais de 1990 e 1992 e a Supercopa Libertadores de 1991 e 1992. Passou pelo Internacional em 1993 e pelo Atlético-MG em 1994 até chegar no Grêmio, equipe na qual conquistou o maior número de títulos. Foi campeão gaúcho em 1995 e 1996; venceu a Copa Libertadores da América em 1995; conquistou o Campeonato Brasileiro e a Recopa Sul-Americana em 1996. Sua única experiência internacional foi no Júbilo Iwata, do Japão, onde jogou ao lado de Dunga e Totó Schilacci (italiano, artilheiro da Copa de 1990) e comandados por Luiz Felipe Scolari. Ficou na equipe japonesa entre 1996 e 1997 e conquistou duas edições da Supercopa da Ásia, nos dois anos seguintes. Seu último clube como jogador foi o Corinthians, onde conquistou a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, em 2000.

A primeira experiência de Adilson Batista como treinador foi no Mogi Mirim, em 2001. No ano seguinte assumiu o América-RN (Campeão Potiguar em 2002) e depois seguiu para o Avaí, onde ficou até 2003, ano também em que comandou o Paraná Clube. Teve passagens pelo Grêmio, Paysandu, Sport e Figueirense (Campeão Catarinense em 2006) até chegar ao Júbilo Iwata, clube no qual atuou como jogador. Seu primeiro grande trabalho de expressão foi no Cruzeiro, em 2008, onde foi bi-campeão mineiro nas edições de 2008 e 2009. Ainda disputou a Copa Libertadores de 2009, já que havia ficado em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. E foi naquela competição continental que Adilson Batista e consagrou como o treinador mais vitorioso do Cruzeiro, com 12 triunfos conquistados, ultrapassando Zezé Moreira, que conduziu o time celeste ao seu primeiro título das Américas, em 1976.

Adilson permaneceu na equipe celeste até junho do ano passado, quando deixou o time na sexta rodada do Brasileirão. Em dois anos e meio no comando do Cruzeiro, Adílson foi o oitavo técnico que mais dirigiu o time nos 89 anos de história. Foram 170 jogos, com 97 vitórias, 34 empates e 39 derrotas e 63,72% de aproveitamento de pontos.

Com a saída de Mano Menezes para comandar a Seleção Brasileira, Adilson assumiu o Corinthians e estreou empatando com o Palmeiras. Pediu demissão no dia 10 de outubro de 2010, após uma derrota em casa de 4 x 3 para o Atlético-GO, ficando à frente do clube alvinegro por somente 17 partidas. A última experiência do técnico foi no comando do Santos, onde assumiu em novembro de 2010. O treinador participou da preparação do elenco para 2011, mas só dirigiu a equipe em 11 partidas. Apesar de ter apenas uma derrota em seu currículo como técnico do Santos (foram mais cinco empates e cinco vitórias), Adilson nunca foi uma unanimidade na Vila. Sob seu comando, a equipe teve aproveitamento de 60,6% dos pontos disputados, marcou 23 gols e sofreu 13.

Confira a ficha do novo comandante atleticano:

Nome: Adílson Dias Batista
Data de nascimento: 16/03/1968
Local de nascimento: Adrianópolis (PR)
Clubes em que jogou: Atlético-PR, Cruzeiro, Internacional, Atlético-MG, Grêmio, Júbilo Iwata (JAP) e Corinthians.
Clubes que treinou: Mogi Morim, América-RN, Avaí, Paraná Clube, Grêmio, Paysandu, Sport, Figueirense, Júbilio Iwata (JAP), Cruzeiro, Corinthians e Santos.