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19 maio 2011 - 8h36

O problema não é o Malucelli!

Muitos não vão concordar com minhas palavras, mas desde já aviso que não respondo emails, nem de criticas nem de sugestões, pois se for de me estressar com pessoas sem classe e noção de respeito eu não escreveria. Infelizmente existem pessoas sem a menor postura pra dizer: ‘discordo’!

Mas, voltando ao assunto, diante das evidências dos últimos 4 ou 5 anos fica difícil entrar neste espaço e somente criticar por criticar.

Sabemos todos nós que o Malucelli tem se mostrado um péssimo líder, e um administrador no mínimo infeliz, se comparado com o seu antecessor, pois me nego a dizer que seja pior em relação ao Mario Celso Petraglia.

Entretanto, não quero discorrer sobre prós e contras, virtudes e defeitos de ambas as gestões. Tanto o ditador quanto o banana erram e acertam, numas coisas mais, noutras menos.

O que é importante é perceber que as peças mudaram, os mandachuvas são outros, mas a mentalidade continua a mesma. E nisso imperador e bobo estão iguais.

Acompanhando a movimentação de contratações pré-campeonato nacional, percebo que os dois agem, agiram e estão agindo de forma similar: desprezando o primeiro semestre, fazendo contratos curtos para ‘economizar caixa’, saindo às compras antes do campeonato brasileiro e, pasmem, saem vez ou outra com boas campanhas no nacional.

Desde meados de 2006 ou 2007 essa fórmula está ultrapassada. Não há mais espaço para ‘engrenar’ o time durante o brasileiro. A competição não é tão longa assim, pois hoje são 20 clubes, ao contrario dos 22, 24 dos torneios anteriores.

O exemplo mais nobre é do Fluminense que, em 2010, liderou praticamente o campeonato inteiro, formou um time competitivo desde o inicio e foi pras cabeças. Sem contar com Internacional, que segue a mesma política e sempre esta na ponta da tabela, o Santos ou o Cruzeiro e tantos outros que utilizam o primeiro semestre para fortalecer os grupos e chegarem forte no Brasileirão. Um exemplo do nosso porte é o Avai, na primeira passagem do Silas.

Neste ano a coisa ficou bem feia para nós. Tanto pela superação em presepadas da atual gestão quanto pela insistência na política burra. Para piorar o cenário, o rival seguiu o exemplo das outras equipes já citadas, não jogou fora o primeiro semestre e fortaleceu o grupo, faz uma campanha indiscutível e se candidata (sim!) a chegar longe este ano.

O que mais me revolta nesta história é lembrar das campanhas de marketing imbecis quando tínhamos equipes medíocres, num campeonato medíocre. Batemos o recorde de vitórias do furacão de 49, lançamos uma palhaçada ( uma camisa comemorativa, como se aquele Atlético superasse o lendário time de 49!), vendemos todo mundo, o Coxa foi campeão na Arena e saímos da Copa do Brasil. E tudo isso foi na gestão anterior.

Já os rivais em 2011 meteram bucha em todo mundo, humilharam a gente, foram campeões e estão nas cabeças da Copa do Brasil! Tudo bem que tudo isso à custa de rolagem da divida. Mas qual o problema nisso? Sinceramente, a estratégia alviverde foi bem mais ousada que a nossa. Talvez com planejamento, enfocando o futebol, e conquistando títulos eles consigam saudar as dividas. E quais as nossas perspectivas? Se eles vão ganhara alguma coisa é outra história, mas pelo menos eles já conseguem ‘sonhar’ com isso!

E nós vamos viver na vidinha do superávit. Sem ousadia, sem muitas emoções, mas auto-suficientes. Perdemos uma Libertadores assim, pois lembro-me bem que já tínhamos metido 3×0 no Chivas e foram tentar fazer as arquibancadas de pau depois do apito final no México. Ai meu amigo, ficou fácil jogar toda culpa em cima do São Paulo.

Portanto esta na hora de mudar a filosofia e não somente as peças!



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