Está cada vez mais difícil
A situação do nosso glorioso Clube Atlético Paranaense é preocupante dentro e fora de campo.
No futebol não consigo ver nenhum ponto positivo. As contratações sempre equivocadas, a começar pelas posições; temos meia dúzia de volantes e apenas um centroavante. Nosso diretor de futebol assumiu prometendo um time competitivo e o título do Brasileirão, mas até agora só conseguiu mudar a cor do calção, como se fosse a cor do calção a culpada pelo fracasso nos gramados. Nosso técnico, forjado nas nossas categorias de base parece não entender a grandiosidade do clube e faz dele um laboratório para suas teorias táticas esdrúxulas. Nossos atletas, bando de emprestados (os dedos coçam para digitar imprestáveis no lugar de emprestados), são verdadeiros colecionadores: colecionam derrotas em campo e cédulas de reais no banco.
No plano administrativo predomina a velha batalha das vaidades: de um lado o covarde e do outro o prepotente. Do pouco que li sobre o nada que ficou decidido na Assembléia dos conselheiros me chamou atenção a proposta do ex-presidente. Não podemos esquecer a transformação do clube que devemos ao ex-presidente, mas também não podemos esquecer que na ocasião da sua saída para apoiar o atual presidente, os gritos que ecoavam pelas arquibancadas da Arena eram de FORA P…, fruto do time medíocre que vestia e desonrava o manto sagrado na ocasião. Depois deste parêntesis, vamos à proposta do ex-presidente para a conclusão das obras da Arena para a Copa de 2014: Que os sócios torcedores paguem a conta. Ora ex-presidente, não fosse o senhor um empresário experiente classificaria sua proposta como ingênua. Esta proposta teria certamente o apoio das arquibancadas se fosse apresentada entre 2001 e 2005, quando nosso time era de ponta e colecionávamos sucesso, dentre os quais um título Nacional, um vice e um vice da Libertadores. De lá para cá só colecionamos fracassos, ano após ano brigamos para não cair e invejamos os outros. No quadro associativo o cenário é de viés de baixa, pois os sócios não agüentam mais tanto despreparo e tanta desmotivação. Largamos na frente e hoje já temos menos sócios que os verdinhos.
A falta de resultados nos gramados está diretamente ligada à falta de resultados nos cofres. Lamentavelmente estamos em um círculo vicioso de investimento ruim -> time ruim -> resultado ruim -> patrocinadores ruins -> investimento ruim -> time ruim…
Precisamos de dirigentes ousados e criativos, com bom trâmite na mídia e na CBF, capazes de aproveitar todo o potencial que temos em nosso patrimônio e colocar o furacão no seu devido lugar, o topo!