12 jun 2011 - 22h15

“Merecíamos um resultado melhor”, diz Adilson

Depois de quatro rodadas, finalmente o Atlético somou seu primeiro ponto no Campeonato Brasileiro, ao empatar em casa com o Flamengo, em 1 a 1. Mesmo elogiando a atuação da equipe, o técnico Adilson Batista lamentou o resultado, o qual considerou injusto em relação à postura do time e chances criadas durante os 90 minutos.

Confira abaixo os principais comentários do técnico atleticano:

O JOGO
“Achei que a equipe jogou melhor, infelizmente tivemos a infelicidade de sofrer o gol, lance que acontece, e aquela bola que não entrou no final, a cabeçada do Rafael, que poderia ter premiado a atuação do time, mas achei que merecíamos um resultado melhor”.

DIFICULDADES
“Eu sinto que está sendo um pouco mais difícil do que o normal conseguirmos o primeiro ponto e o primeiro gol, mas vamos ver se começamos a deslanchar. Hoje o objetivo eram os três pontos, eu não acho que é questão emocional, acontece, e, futebol é um jogo de erros, quem erra menos ganha. Estamos sendo infelizes em algumas situações, mas já vi um bom jogo contra o Grêmio no segundo tempo, depois contra o Palmeiras e hoje, então tem que ter paciência. Entendo a preocupação, são quatro jogos e um ponto, mas recentemente em outro time fiz 22 pontos no início e 40 no returno, então vamos tentar recuperar, daqui a pouco a bola vai entrar e as coisas vão melhorar”.

MUDANÇAS E ERROS
“Tirei (o Paulo Baier) em função do desgaste, porque sobrecarrega, e também precisávamos ter um controle ali (no meio), casa chegar e cruzar, além da penetração. Teve o Wendel que tentou ali, dentro das suas características, neutralizar aquele lado, o Adaílton que entrou bem, e o Cléber quanto estava 1 a 0 a intenção era segurar e ele fez isso. Arrumamos alguns contra-ataques desnecessários, precisamos ter mais cuidado em algumas coisas que podem definir o jogo. Hoje infelizmente a bola não entrou tanto, poderíamos ter controlado mais, mas vi evolução e ficamos chateados por não ter conseguido a vitória”.

MOMENTO
“Sou difícil de me entregar. A minha carreira profissional mostra o que eu fiz e as situações que vivenciei e temos que ter superação para passar por cima disso. É um sentimento de tristeza em função do gol no final, um erro nosso. Lamento em função do crescimento que vi contra o Palmeiras, o segundo tempo contra o Grêmio e hoje achei que merecíamos um resultado melhor. Sei que vai afunilando, tem cobrança por parte de muita gente e é preciso passar tranquilidade aos atletas. Daqui a pouco a sorte vem, não estou desanimado. A gente fica chateado, é claro, é um início ruim e temos que reagir o mais rápido possível”.

EVOLUÇÃO
“O time está tocando bem a bola, rodando, tem a preocupação de jogar com o goleiro, está saindo, cadenciando e invertendo. Precisamos ter calma para definir e isso é o que estou vendo. Sei que vão cobrar, só um gol, só um ponto, mas vai melhorar”.

RAFAEL SANTOS
“Não é questão de dar descanso, não adianta, se o atleta falha e eu tiro daqui a pouco não tem mais jogador. ‘Ah, tira o Manoel porque deu cotovelada no Bill. Joga quem, o Fabrício torto para o lado de lá? Ah, tira o Rafael, mas e o Paulinho?’ Não é assim, já queimamos inúmeros meninos aqui no Atlético, daí cobram que não tem ninguém da base. Tem que ter calma, faz parte do ser humano. Na situação em que estamos a cobrança é maior, entendo isso, só peço mais um voto de confiança e paciência. Sei que tem limite, mas eu estou vendo uma evolução”.

TORCIDA
“Só ajudaram, incentivaram, apoiaram e cobraram no final quando falhamos e começaram a pegar no pé desse ou daquele. Só vi torcedor apoiando desde o início, casa cheia, jogo bonito. É difícil jogar contra o Flamengo, time que tem bons jogadores e bem organizado. E a gente vê a partida que o Coquinho fez, marcar o Ronaldinho com personalidade. Se não é o final ali, muita gente jogou bem, o Nieto cumprindo a função, Branquinho e Madson dentro das condições físicas marcando e chegando, o Guerrón e o Adaílton bem, então tem muita coisa, tem que olhar para o lado bom também”.

REFORÇOS
“Vocês lembram o que eu falei, quando cheguei aqui, que precisávamos melhorar? A condição que nós temos aqui, estrutura, superávit, não dá para montar um time no Estadual e outro no Brasileiro. Quem está jogando aqui nos últimos três anos? Manoel e Paulo Baier. Então você tem que criar uma identidade, um corpo e entrosamento, mas daí muda 500 treinadores, não adianta isso no futebol. Ano passado vocês fizeram campanha pra ter calma, não adianta trocar, mas esse ano voltou tudo, que tem que trocar. Não é assim, em relação a isso eu não vou ficar ansioso. Eles (reforços) têm que chegar e trabalhar, fazer testes e entrosar, é um trabalho de paciência. Vamos com calma que daqui a pouco ela entra e conseguimos a vitória”.



Últimas Notícias