Wellington Carvalho

O diretor de futebol do Atlético, Alfredo Ibiapina, concedeu entrevista nesta quinta-feira para a rádio Banda B. Entre vários temas, esteve em pauta o possível interesse do Furacão no atleta Martinuccio, vice-campeão da Copa Libertadores pelo Penãrol, do Uruguai.

Segundo Ibiapina, apesar da forte concorrência, principalmente com clubes europeus, a negociação seria complicada, porém o Atlético está sim na briga pela contratação do meia argentino.

“Eu não posso negar que estamos conversando com o Martinuccio. Estive em Buenos Aires, oficializamos a proposta ao Peñarol. O único clube que se fez presente em Montevidéu foi o Atlético. Os outros mandaram investidores. O que nós acertamos lá foi que depois do término da Taça Libertadores nós voltaríamos a conversar, e achei muito justo. É um jogador difícil de trazer porque a Europa se voltou, há outros times que estão interessados”, disse o diretor atleticano.

Além da dificuldade, pesa também a questão financeira, pois seria um grande investimento em um atleta em evidência. O diretor rubro-negro também comentou que está observando o mercado dos países vizinhos para tentar outros nomes em caso de fracasso na tentativa de trazer Martinuccio.

“É um jogador caro, não é barato. É o jogador sul-americano em evidência e, quem sabe, correndo por fora. Eu sempre sou otimista, quando entro numa situação nunca penso em perder. Mas confesso que é difícil, tanto que estamos olhando outros nomes caso essa não venha a se concretizar”, concluiu Alfredo.

Santiago García

Ibiapina também aproveitou para comentar sobre o novo reforço atleticano, o atacante Santiago García. Falou sobre vencer a disputa pelo jogador com o Benfica, de Portugal, e que o fator Brasil pesou na hora de convencer o uruguaio a vestir o manto sagrado rubro-negro.

“A proposta do Benfica (para o Morro) foi muito próxima do Atlético financeiramente. Mas o que pensou o jogador? A Europa não é mais o grande cenário do futebol mundial. Vários jogadores estão voltando, principalmente para o Brasil. O Brasil é hoje um objetivo dos jogadores. Profissionalmente, eles preferem passar pelo Brasil e quem sabe a Europa ser um segundo passo.”

Para o diretor, a aquisição do atacante uruguaio foi um excelente investimento, pois se trata de um jovem valor e com grande destaque, incluindo passagens pelas seleções de base de seu país.

“É um jogador que foi artilheiro do Campeonato Uruguaio dois anos seguidos, passou por duas Libertadores da América, esteve em todas as seleções da base. Então, apesar de muito jovem, é um jogador com certa bagagem. E com faro de gol. O Morro era o jogador de maior evidência no Uruguai, junto com o Martinuccio”, comentou Ibiapina.