Marcinho diz estar em forma e confia na reação do time
O meia Marcinho deve reforçar o Atlético para a sequência da temporada. O jogador de 30 anos, que pertence ao Furacão, conquistou nesta sexta-feira a final da Copa do Rei pelo Al-Ahli, da Arábia Saudita – fez 3 a 2 nos pênaltis sobre o Al-Ittihad, após empate sem gols no tempo normal.
Fora desde janeiro de 2010, o jogador pediu dicas de treinos aos preparadores físicos do Furacão e, portanto, está próximo da forma física ideal. Se realmente voltar para o Atlético, ele precisaria de apenas uma semana para entrar no ritmo do Brasil. “Farei um trabalho especifico junto com o preparador físico, que seria normal porque provavelmente não terei férias e nem quero”, disse, em entrevista por e-mail, ao site Globoesporte.com.
No Furacão, ele disputaria posição com Branquinho, Madson e Paulo Baier. Ele também pode ser utilizado como segundo atacante, como acontecia com o técnico Antonio Lopes no segundo semestre de 2009. “Tudo depende do esquema, mas estarei à disposição para atuar nas duas posições”.
Confira a entrevista completa de Marcinho ao Globoesporte.com por e-mail:
Globoesporte.com: Você já conversou com alguém do Atlético, diretor ou comissão técnica, nesses últimos dias? Vai voltar mesmo?
Marcinho: Sempre falo com as pessoas do Atlético. Uma deles é o Jean (Lourenço), que também faz parte da preparação física, sempre pedindo algumas orientações de treinamento. Algumas vezes, falei com o presidente (Marcos Malucelli) sobre minha volta. Tenho algumas especulações, mas nada concreto. Como já tenho um pouco de experiência e vivo o dia de hoje, conto com minha volta ao Atlético.
Você jogou no Atlético em 2009 e saiu no começo de 2010. Como foi esse tempo fora? Você era titular no Al-Ahli?
Esse tempo que estou fora está sendo muito bom profissionalmente. Cheguei à final da Copa do Vice-Rei, ficamos em sexto nessa temporada e agora classificamos para a final da Copa do Rei, uma das copas mais importantes (o time de Marcinho conquistou o título na tarde desta sexta-feira). A final será dia 24, sou titular desde quando cheguei aqui e sou um dos artilheiros da equipe neste ano. Também está sendo muito bom para minha família. Estou tendo tempo para curtir o crescimento da minha filha e estar mais tempo com ela e minha esposa.
Muitos atletas que jogam em países do Oriente Médio dizem que a preparação física fica prejudicada, pela falta de treinos. Como você está nesse quesito?
Quando vim para a Arábia, me falaram como eram os treinos, logo passei a trocar e-mail com o Jean e Marcio Herriques (preparadores físicos) do Atlético para fazer alguns trabalhos extras de musculação e treinos no campo. Hoje, me sinto bem. Sei que quando eu voltar farei um trabalho especifico junto com o preparador físico, que seria normal porque provavelmente não terei férias e nem quero (risos).
Quanto tempo demoraria para ficar 100% fisicamente?
Não vejo problemas. Acho que preciso de no máximo uma semana para entrar no ritmo do Brasil.
Você tem acompanhado o Atlético? Como é voltar ao clube num momento de tamanha pressão?
Sim, tenho acompanhado o Atlético todos os dias. Pressão sempre vai existir pela grandeza do clube e, pelo que venho acompanhando, o Atlético tem o Adilson (Batista), que é um técnico competente e tem um elenco bom, em curto tempo o Atlético vai se recuperar.
Como você se imagina nesse time atual do Atlético: você com outro meia armando ou jogando mais avançado, ao lado de um atacante de área?
Tudo depende do esquema, mas estarei à disposição para atuar nas duas posições se o Adilson precisar.