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6 dez 2011 - 15h04

A verdadeira história da queda

2011, os 10 anos do nosso principal título ficará marcado pela queda do time a série B. Um clube que em 1995 se preparou para estar entre os maiores do Brasil, hoje, 16 anos depois, está em uma vala comum. Quem acompanha o Atlético a mais tempo vai lembrar. Em 1995 tomamos um chocolate na Páscoa. O clube vivia uma situação de falência, jogadores chegavam de caminhão, as pencas, iam embora da mesma forma. O clube não tinha grana. Foi então que Petraglia resolveu reunir a Retaguarda Atleticana para uma grande virada. Grandes nomes do clube como Ademir Adur, Valdo Zaneti, Valmor Zimermann, Enio Fornea, entre outros, foram convocados para gerenciar este ambicioso plano de Petraglia.

O clube montou o que considero a grande tacada, o Conselho Gestor, formada por esta Plêiade citada, onde cada um assumiria por um ano o cargo de Presidente do Clube. E foi assim que o Furacão foi tocado até 2001, culminando com nosso segundo título nacional, o de campeão Brasileiro – o primeiro foi o da Seletiva da Libertadores em 2009. Nesta época o clube estava em seu vôo de brigadeiro, finanças em dia, estádio mais moderno da América Latina, um dos mais completos Ct’s do mundo e grandes negociações no mercado internacional, com destaques para Paulo Rink, Alberto, Warley, Ilan e principalmente Lucas.

Só que ai a vaidade começou a falar mais alto. Petráglia em 2001 se afastou do clube, pois estava envolvido em um grande escândalo de corrupção e ficou de fora do título. Como o grande campeão foi Marcus Coelho, que bancou o Geninho e o Souza a contra-gosto de Petráglia, Mario Celso começou a destruir o projeto vitorioso. O Conselho Gestor foi destituído e um a um Petráglia foi afastando do Atlético, até que sobrou apenas ele e o Fleury. Isto já pelos idos de 2004. O vices-campeonatos de 2004 e 2005 mascararam a administração Petráglia em vôo solo, mas como toda má gestão um dia mostra sua face obscura, em 2006 o grande Atlético começou a ruir.

Fomos salvos em 2006 pelo Vadão, 2007 pelo Ney Franco, 2008 pelo Geninho, 2009 pelo Delegado até que em 2010, em um sopro de esperança, o Furacão voltou a ventar e quase chegamos na Libertadores. Mas veio 2011 e a sombra nefasta do ditador, que costuma assombrar a cadeira da Presidência do Atlético resolveu atacar novamente. E como seu criador, Mário Celso Petraglia, a criatura, Marcos Mallucelli se isolou no poder. Com suas atitudes afastou os grandes administradores, Enio Fornéa e Yára Eisenbach, os articuladores do futebol, Ademir Adur e Valmor Zimermann e do alto do seu trono viu nosso Furacão cair como Golias para o pequeno Sanção, o América de Minas Gerais.

O futuro para o time poderá ser tranquilo ou tenso. Ele está nas mãos de nós eleitores. Cabe a nós eleger o responsável direto por esta queda, o homem que um dia foi grande e que nos dias de hoje só quer o poder pelo poder e só pensa no business da Copa ou no grupo que em 1995 deu toda a base para que o Furacão se tornasse o que foi a uma década atrás.

Sou Atleticano, não sou Falaciano!



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