Alguns pitacos
Alguns pitacos.
Queria escrever alguma coisa.
Mas, como bom Atleticano, estou anestesiado, chateado, consumido pela vergonha.
Torço para o Atlético, um clube que não merecia ter sido gerido, nos últimos seis anos, da maneira como foi: discplicente, errática, irresponsável, sem planejamento, sem visão de futuro.
De 2006 a 2011 o Atlético foi uma aberração, foi um nada, destroçado impiedosamente por algumas pessoas que se dizem Atleticanas. Mas não são! Repito o que disse: quem é verdadeiramente Atleticano não faz o que esses Senhores fizeram.
No mínimo, para dizer o mínimo mesmo: foram ineptos, incompetentes, irresponsáveis e omissos.
Começo a lembrar alguns episódios, independetemente de ano ou de gestor, pois todos erraram:
1) Contratação do treinador Casemiro Mior, sem qualquer respaldo;
2) Parcerias com empresários mal intencionados;
3) Filhos de diretores e administradores que passaram a ser, do dia para a noite, empresários e representantes de jogadores;
4) Contratação de Ocimar Bolicenho como diretor de futebol: conseguiu o intento, rebaixar o Atlético aos padrões do Paraná, time do qual é Presidente de honra! E ninguém, absolutamente ninguém, dessa ‘Diretoria’ fez alguma coisa! Não se viu nada!
5) Contratações equivocadas, apenas pontuais e sem visão de futuro (não de mercado, mas em sequencia na equipe e conquista de títulos);
6) Contratação milionária e injustificada de um tal de Morro García, que, inclusive, segundo consta, era usuário de drogas no Uruguai. Segundo a Diretoria, ‘a contratação mais cara da história do Atlético’. Sem dúvida: a mais cara em relação a prejuízos! É de se verificar como esse dinheiro foi gasto.
7) Inexistência de um departamento de futebol e de diretores de futebol consagrados e comprometidos com trabalho sério, profissional e que possam ter alguma identificação com o clube;
8) Arrogância, prepotência. De todos, sem exceção! Aquelas afirmações costumeiras: ‘o campetonato paranaense não vale nada'(então, porque disputa-se?); ‘nossos adversários são equipes de ponta, não mais o Coritiba’ (arrogância, menosprezo – se são as equipes mais poderosas do Brasil os adversários do Atlético, porque, nos últimos seis anos não se prepararam para enfrentá-los?);
9) Menosprezo por treinadores de ponta. Tudo bem que são caros. Mas o Atlético, salvo melhor juízo, não merece ser apenas um laboratório de experiências. Há que se ter critérios!
Enfim, é um rosário de erros, de displicência, de irresponsabilidade que não acaba mais!
Nem mesmo patrocinador tem o Estádio. E isso é evidente: quem vai querer associar o nome de uma empresa a uma ‘marca’ (Atlético) que é mal gerida, que é perdedora, que não aparece na mídia positivamente, mas só com derrotas???
Ninguém é louco e imbecil para acreditar em projetos que não existem!
Não existiu planajamento e vontade de vencer nos últimos 6 anos.
Apenas desavenças internas, isolamento daqueles qaue detém o Poder, sem que fossem feitas consultas e dividas as responsabilidades, a fim de minimizar erros.
Enfim, o Atlético está perdido.
Li os nomes dos integrantes das duas chapas. Não me interessa nenhuma das duas. Só o Atlético!
Nas duas chapas há o nome de pessoas que participaram desses 6 últimos anos negros do Atlético, 6 últimos anos de desgraça e vergonha, em que nada foi feito.
Estou esperando, sinceramente, que essas pessoas, que hoje repetem seu nome para aprovação, expliquem o porque, de só agora, estarem dispostas a colaborar e a fazer um trabalho sério, sendo que não fizeram absolutamente nada quando estiveram na administração (diretorias + conselho).
Que as quase 300 pessoas que dão seus nomes para o Conselho, nas duas chapas, o façam de forma comprometida e responsável e não apenas ‘para constar, para bonito, para encher linhas e linguiça’.
Que esses futuros Conselheiros cobrem seus pares, discutam, proponham projetos e, especialmente, fiscalizem o trabalho dos administradores.
Que os futuros Conselheiros venham a público expor eventuais divergências, erros e equívocos. Que esses Conselheiros informem a torcida e a imprensa sobre as coisas rubro-negras.
Nos últimos 6 anos de desmandos, de inglórias, e de vergonhas, não vi um único Conselheiro levantar a voz contra as mazelas e os erros. Não vi um único Conselheiro atuar, informar e fiscalizar. Não vi um único Conselheiro vir a público e denunciar os absusos, equívocos e absurdos que foram cometidos.
Que espécie de pessoas são essas que se dispõem a ficar inertes? Sem nada fazer? Omissas?
Enfim, aguardo que os atuais dirigentes se despeçam pelo menos de uma forma menos vergonhosa de seus cargos. Para isso, sugiro que todos participem de uma passeata desde a Arena até a Boca-Maldita, de joelhos, carregando uma Bíblia e uma camisa do Atlético, pedindo perdão pelos seus pecados.
No mínimo – e falndo sério – os Atleticanos de verdade aguardam um pedido público e sincero de desculpas, com humildade, por meio da imprensa e com ampla visibilidade. Que sejam homens para exporem seus erros e pedir perdão pelos mesmos.
É o mínimo. E seria o máximo.
Que Deus ilumine o Atlético. Que Atleticanos de verdade efetivamente se comprometam com a equipe, com o time, com o clube, com todas as coisas do rubro-negro.
Que os novos dirigentes sejam realmente Atleticanos e não apenas aproveitadores de cargos. Que pensem no clube e no coletivo e não em seus umbigos e em interesses pessoais.
Que o Atlético tenha uma regra de que diretores, administradores e conselheiros, bem como seus familiares, sejam impedidos de representar ou empresariar jogadores (de quaisquer categorias). E se isso ocorrer, que sejam afastados incontinenti do clube!
Enfim, que o Atlético esteja acima de tudo e de todos.
Porque o Atlético está. É maior.