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9 dez 2011 - 16h51

A verdade sobre a diretoria do CAP

“O pior incompetente é aquele que não enxerga os próprios erros.”

Terminado o campeonato brasileiro e com eleições à vista no Clube Atlético Paranaense é preciso fazer um balanço geral. É hora de prestação de contas do financeiro e do futebol e, também, de dar nome aos bois. É hora do sócio do CAP analisar o que passou e refletir sobre o futuro que quer para o clube.

E será que ainda tem gente que não sabe quem são os principais responsáveis pelo rebaixamento para a Série B?

Não tenho dúvida nenhuma de que é dos dirigentes da Diretoria Administrativa. Não cumpriram com os compromissos assumidos quando eleitos em 8 de dezembro de 2008. Fizeram uma gestão para conter gastos, trazendo jogadores parados em outros clubes para se vangloriar de um superávit financeiro. Isso depois de cancelar parcerias e não revelar novos talentos. Destruíram e estão colhendo o que plantaram.

Muita gente se gabou de um suposto “saneamento de dívidas”, mas esqueceu da nossa principal fonte de alegria, o futebol profissional. Com a sequência do campeonato, apesar da promessa de títulos, os resultados não vieram e no desespero buscaram uma aposta milionária desconhecida. Isso após terem contratado 70 jogadores em dois anos e meio e em 2011 seis técnicos terem passado pelo comando rubro-negro com 25 jogadores dispensados. Essa política de contratações não lembra outro time aqui de nossa capital ecológica?

Dizem que nada se faz sozinho num clube de futebol. Marcos Malucelli errou feio com a cumplicidade de seus diretores e vice-presidentes. A diretoria começou com ele, Ênio Fornéa e Yara Christina Eisenbach, vices que ficaram dois anos e meio e pediram para sair em julho de 2011 por ‘falta de tempo’.

Isso fazia parte de uma estratégia que eu já explico mais a frente. E a diretoria era composta desde 2009 também pelo Diogo Fadel Braz e Henrique Gaede, que assumiram as vagas de vice-presidente deixada pelos demissionários. Desde julho de 2011, Diogo Fadel Braz é o atual vice-presidente do rebaixado Malucelli, mas há três anos participa das reuniões semanais da Diretoria Administrativa.

Dessa gestão desastrosa a pergunta que fica é se essas pessoas da Diretoria Administrativa foram omissas com as decisões tomadas pelo presidente ou concordaram com tudo? Cada um deles que se explique. Em relação ao nosso patrimônio, enrolaram o quanto puderam uma solução da Arena Fifa e não fossem 119 conselheiros e a coragem de Mario Celso Petraglia, o clube estaria nas mãos da empreiteira OAS.

Essas pessoas que participaram da Diretoria Administrativa nunca quiseram expor suas divergências internas, se é que elas existiam mesmo, e em prol de se mostrarem unidas por um projeto futuro (eleitoreiro), engoliram muitas decisões do seu líder, mas tinham um plano “B” se tudo desse errado, como de fato aconteceu.

E o torcedor e o CAP? Como fica nesse imbróglio? Certamente não ficou em primeiro lugar. E me questiono: diretor que largou o bete tem tempo agora para fazer campanha política? E ainda faz questão de não ser reconhecido como parte da história de Marcos Malucelli? – Conveniente não?!

Diogo Fadel Braz e Ênio Fornéa estão promovendo a dança das cadeiras da atual Diretoria de Marcos Malucelli. Lançaram a chapa Paixão Pelo Furacão com um discurso de “renovação”, só se for dos cargos deles. Os dois vices agora querem ser presidentes. Vale lembrar que Marcos Malucelli sempre disse, desde o começo do ano, que o candidato dele seria Ênio Fornéa e esse nunca se esquivou. Por que só agora quer se desvincular do padrinho? Deveriam ter vergonha os diretores que não querem assumir a sua parte nessa história e ainda pretendem mais três anos de continuidade. Pior ainda é constatar que são campeões em terceirizar a culpa do fracasso, o qual foi proporcionado única e exclusivamente pelas suas incompetências.

E vejam que interessante, o lançamento da chapa de Diogo Fadel Braz e Ênio Fornéa, em novembro no Hotel ali da Praça do Japão, contou com a presença ilustre de Marcos Malucelli. Se isso não é uma chapa de continuidade, de situação, o que é então??

Não há como desvincular esses diretores, que até ontem se reuniam toda a semana para decidir, e mal, o futuro do nosso amado clube. Por isso, há apenas dois caminhos agora com as eleições: continuidade da situação ou o projeto mais audacioso de quem já mostrou que tem condições de fazer do Furacão um time temido e campeão. E é o amor ao CAP que une atleticanos de todas as tendências, que superam diferenças do passado, para fazer do Atlético um clube GIGANTE.

Para finalizar, uma breve passagem de um dos inúmeros entreveros que tive com os que hoje estão na Chapa da “Paixão Pela Situação”. O acontecido se deu numa reunião do Conselho Deliberativo. Ao criticar Marcos Malucelli sobre a manutenção de Ocimar Bolicenho na gestão de futebol, expus que a qualidade das contratações não condizia com o CAP e que estávamos parecendo outro clube aqui da capital (time de aluguel). Ouvi dele, na presença de diretores silenciosos e coniventes, uma resposta destemperada que começava assim: “Você deve ser um desses que ficam por ai me chamando de incompetente…”

Convido os sócios a votarem na quinta-feira, 15 de dezembro, com a Chapa CAPGIGANTE para darmos uma resposta contundente nas urnas para esses acomodados.



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