Mentira tem perna curta!
Não poderia ter resultado pior. De um lado, ganhamos o Atletiba, mas nos afogamos no rebaixamento para Série B. Algo que desde 1995, quando tivemos craques na equipe como Paulo Rink, Oséas, Alex, Alberto e tantos outros – com o melhor goleiro que o Brasil conhecia, o maravilhoso Ricardo Pinto, desconhecíamos. Fomos ensinados a dizer que com estrutura não precisaríamos de elenco porque TIME GRANDE NÃO CAI.
Mentira. Não éramos time grande, não somos time grande e temos mais sonhos para contar do que realidade. Vamos jogar uma segunda divisão com um elenco horrível, com uma diretoria (qualquer que eleita) que não gosta de investir em futebol, sem dinheiro (porque estamos com projetos megalomaníacos para nos transformar em clube da Copa sem qualquer tipo de recursos para enfrentarmos o caixa negativo que ficará), sem auto-estima e sem torcida aguerrida (já que a que nos representa muda de posicionamento no primeiro vento de candidatura certa!).
Mentira. Vamos ter que jogar a Série B em campo neutro e não tenho certeza que nossa torcida empurrará o Clube para vitórias! O nosso estádio estará em construção e quando pronto irá atrair apenas três jogos – todos pequenos, com pouca representatividade e teremos uma estrutura monstro para administrar! Maravilhoso, se não tivermos contas para pagar! Afinal, a pergunta tem que ser sempre: quem pagará a conta?
Mentira. Pela primeira vez vivemos um clima de rivalidade dentro do próprio Clube que parece maior do que nossa paixão pelo Atlético. Tem gente que ama mais o Petraglia do que o Atlético. Tem gente que odeia mais o Petraglia do que ama o Atlético. E as duas coisas são ruins e estão levando nosso Clube ao caminho trilhado pelo nosso arquirival paranaense: o Coritiba. Quem quer ter um time de iô-iô que cai e sobe a cada três anos como se não fosse GRANDE? Somos grandes em estrutura, mas medíocres em pensamentos, em ideais, em potencial de crescimento!
Ainda achamos que existe um Sassá Mutema dentro do Atlético capaz de salvar o Clube. Se fosse capaz, teria nos salvado do desastre que ora vivemos e vivemos exatamente porque nos deixamos acreditar no sonho do Coração Atleticano e na chapa encabeçada por ele mesmo ao colocar lá dentro uma diretoria tosca, com personalidades que se mostraram incapazes de administrar na crise. E não foram poucas as vezes que tentamos auxiliar a gerenciar a crise – especialidade que implementamos em 2008, quando na condução do Atlético, Petraglia quase nos levou ao fracasso que hoje nos encontramos.
Muitos vão odiar o desabafo – porque não é bom ler verdades. É muito melhor ficarmos acreditando em fantasias, em histórias infantis, em vez de nos aprofundarmos nas verdades e buscarmos condições de não mais entrar no lodo, na lama, no caminho sem volta!…
Bem, teremos daqui a pouco eleições atleticanas.
As duas chapas que irão disputar as eleições confirmaram suas inscrições e estão aptas a votar e serem votadas. Pela situação concorre a chapa Paixão pelo Furacão, encabeçada pelo advogado Diogo Fadel Braz. O ex-presidente Mário Celso Petraglia lidera a facção CAPGigante, de pseudo oposição. Pseudo, já que foi dele e por ele gestada a atual direção do Clube.
Cabe a nós hoje avaliarmos o que é melhor para o CAP. A mentira com ares de ditadura ou a incompetência com ares de democracia.
Não nos resta muito. Temos apenas a honestidade e a vontade de sermos vencedores dentro e fora de campo!