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9 jan 2012 - 9h44

E se Julius Caesar sobrevivesse?

Sou um apaixonado por história. É excitante olhar para traz e ver civilizações que emergiram em meio ao caos. É fascinante observar como situações se repetem constantemente no tempo. Velhos erros, antigos métodos, guerras e conquistas ainda fazem parte de nosso presente.

Sou um apaixonado pelo Clube Atlético Paranaense. Tive a felicidade de acompanhar nossa ascensão, nossas maiores vitórias e algumas de nossas batalhas épicas. Presenciei e continuo presenciando a história de nosso clube. Porém, sucederam uma série de fatores que culminaram na nossa queda para a Segunda Divisão. Fazendo uma analogia às civilizações antigas, nosso império sofreu um grande golpe. Golpe esse que vinha se desenhando a alguns bons anos.

Recordei-me hoje de um texto escrito e publicado aqui mesmo no Fala, Atleticano no inicio de 2007, em que “previa” os anos tenebrosos que estariam por vir. O texto foi intitulado de “A queda do Império Romano (?)”, em que fiz referências históricas para comparar a situação que observava de nosso clube. Nele fiz uma comparação da incrível semelhança da ascensão Romana com a do Atlético, mas lancei um alerta: Estávamos trilhando o mesmo caminho de sua queda, transcrevo abaixo uma parte desse texto.

“A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou. No entanto, um rol de fatores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império seria dividido em dois.
Nota-se claramente que o caminho que está sendo trilhado pelo Clube Atlético Paranaense é o mesmo.”

Não, esse nunca foi o meu desejo. Apenas escrevi, lembro-me bem, em um dia de extrema tristeza ao olhar o cenário que se desenhava pelo nosso clube.

Ele quase dobrou o tamanho do império, como político planejou uma impressionante ascensão ao poder. Queria poder demais para si mesmo, não partilhava o poder com outros. Estou falando sobre Julius Caesar, mas há uma incrível semelhança com Petraglia, o então Presidente do Atlético na época em que escrevi tal texto. Julius Caesar foi assassinado, Petraglia ressurgiu.

Para um seus erros foram fatais, para o outro, houve uma nova oportunidade. Petraglia “ressuscitou”. Ao que tudo indica o exílio fez bem para Petraglia. Ressurgiu trazendo consigo uma série de aliados e já mostra ter transformado seu antigo método de gestão. Nota-se uma maior divisão de decisão. Se essas são as pessoas certas para gerir nosso clube somente o tempo irá dizer, mas hoje, diferente de 5 anos atrás, já vislumbro um novo caminho.

Voltaremos ainda mais fortes para a elite!

E se Julius Caesar sobrevivesse, a história do Império Romano seria diferente?



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