Idolatria só existe uma: ao Atlético! Nunca a dirigentes!
O mundo, por esses dias, parece bem louco, não?
Estou lendo ‘embates’ quase que ‘filosóficos’ entre aqueles que escrevem nesse ‘Fala, Atleticano’.
Preferiria ler sobre o time, bem como sobre a Copa. Nesse caso, por exemplo, como a torcida poderia mobilizar-se para cobrar das autoridades respeito ao Clube Atlético Paranaense (isso, à instituição, não importa os dirigentes que estejam à frente dela) que está cedendo sua casa para a realização do Mundial …
Mas não é isso que leio.
Verifico apenas a evocação de ‘tartarugas’, pseudo-dados ‘científicos’ e ‘psicológicos’, citações de ‘letras de músicas’ e de discursos ‘vazios’ sobre o que seja ‘idolatria’, entre outras coisas.
Isso não leva a nada!
Futebol a rigor, entendo, é feito, sim, de idolatria.
Nesse caso, uma idolatria só, ao CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE.
Nunca a pessoas, as quais passam e a instituição fica.
Só isso.
O resto são meias-palavras, aforismos baixos e ‘conversa-mole-para-boi-dormir’.
Nesse caso, me ponho a pensar em dados objetivos.
Li que um torcedor, o qual, verifico, habituou-se a escrever nesse site nos últimos tempos, disse que a diretoria anterior teria deixado ’30 milhões em caixa’.
Pois bem. A rigor, fiquei extremamente decepcionado com esse dado.
Pois, com 30 milhões em caixa (se era isso mesmo, não se sabe), no MÍNIMO: 1) poderiam ter contratado jogadores decentes para o Atlético fazer boa campanha e não cair para a segunda divisão; 2) poderiam ter contratado um diretor de futebol profissional e não entregado esse cargo (de Diretor de Futebol), o mais importante em Clube de Futebol, para um Presidente de Honra do Paraná Clube; 3) poderiam ter adiantado e feito (e refeito) os planos para Copa do Mundo, a qual é inevitável para ser realizada na Arena.
Enfim, um time com 30 milhões de reais em caixa, se é que havia isso mesmo, não pode cair para a segunda divisão!
Esse o primeiro ponto objetivo.
Depois, entendo que futebol, apesar de entender como sendo ‘coisa séria’, não é prioridade, faço a seguinte reflexão.
Alguns textos acusam que ‘pessoas de fora’, ‘ex-dirigentes’, teriam ‘atrapalhado’ a gestão passada e, por isso, serem os ‘responsáveis pela queda à segunda divisão’.
Causa espécie esse tipo de afirmação.
Ora, reflita-se, se dirigentes que estão no poder, que têm as rédeas e o caixa do Clube nas mãos, têm poder para contratar e dispensar quem quer que seja, podem afastar jogadores, podem substituir Diretores, não conseguem debelar eventual e imaginada ‘influência externa’ sobre seu ‘trabalho’, sobre sua ‘casa’, é porque esses dirigentes, em tese, não têm condições para administrar coisa alguma.
Ao que consta, ninguém foi obrigado a contratar o Ocimar Bolicenho, o Morro Garcia ….
E, aliás, a tese não se sustenta por um simples motivo: qualquer pessoa normal, se tivesse seu trabalho sendo eventualmente vilipendiado e prejudicado pela atuação de ‘fatores externos’, deveria agir prontamente para impedir isso, afinal é revistido de autoridade, é ‘dono do caixa’ e tem o poder de contratar e dispensar.
Se, eventualmente, essas ‘influ6encias externas’ tivessem ocorrido (no condicional, porque nao se tem certeza de nada), o dirigente que teria tido (ou teve, sei lá), seu trabalho ‘ameaçado’, deveria, por óbvio, ter convocado entrevistas coletivas, deveria ter informado a imprensa, os sócios e demais interessados sempre que, como disseram, ‘houvesse interferências em seu trabalho’.
Não é possível que ‘ex-dirigentes’ tenham mais acesso a jogadores, a funcionários do Clube, do que aqueles que estão no poder. Se isso ocorre, ou ocorreu, é porque aqueles que estavam no Poder não tinham autoridade, ou não a exerciam com o rigor e a excelência que eram exigidos.
Ao que me consta, não fizeram nada. Por isso, usei o condicional nos parágrafos anteriores.
Daí porque me parece que o argumento de que ‘fatores externos’ eventualmente ‘sabotaram a gestão passada’ e ‘fizeram o Atlético cair’ para a segunda divisão, é fraco, falho e não se sustenta com mera conjectura.
Daí porque, ante o silêncio, presumem-se, não como verdadeiros os fatos que alegam, mas faz transparecer eventual omissão.
E omissão, nesse momento, é tudo o que o Atlético não precisa.