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6 jul 2012 - 14h52

Afinal, o que falta ao Atlético?

O tema é claro, é o que mais pulsa, o que mais se vê, ou seja, a administração do futebol, que tem ligação íntima com os resultados apresentados pelo time nos últimos anos.

Na minha modesta opinião, vendo as coisas sob o prisma de torcedor, que acompanha diariamente noticiário e jogos, vê-se claramente, o seguinte:

Afinal, o que é essa administração do futebol?

A espetacular estrutura que o Atlético possui. Ela sozinha não dá resultados, todo sabem disso, até porque se dependesse só disso não teríamos amargados tantos insucessos de 2006 até o momento, em verdade ela ajuda muito e ponto.

Vê-se claramente que a intenção do nosso atual presidente é sair do lugar comum dos clubes brasileiros. Isso é abertamente defendido por ele, também não falo nenhuma novidade, entre outras iniciativas, quer investir pesado nas categorias de base, em razão da estrutura que se montou, para? Alimentar o time principal e é claro fazer receita da venda desses jogadores.

Qual é o lugar comum dos clubes brasileiros? Gastar com bons jogadores, veja o quanto gastam Santos, Fluminense, Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Inter, Galo, entre outros. Esses times investem alto valores anualmente em jogadores, é só comparar a folha salarial destes com a do Atlético, é um abismo gigantesco.

Petraglia não quer isso, eu concordo com ele. Não precisar gastar mundos e fundos para montar uma boa equipe.

Outro ponto que demonstra a intenção de sair do lugar comum, é a metodologia. Quando estávamos na fase áurea, via algumas reportagens, se falava muito em vários profissionais que tem formação acadêmica, há alguns anos queria se implantar o futebol científico, não sei como está hoje, deve estar ainda, ou seja, fazia-se estudos singulares e pioneiros que ajudariam tanto na formação quanto no aprimoramento dos atletas, tudo certo, sem problemas.

Foram feitas parcerias com times estrangeiros dos EUA e outros países.

A comissão técnica também se tentou “fazer em casa”, quem não se lembra de vários interinos que assumiram o cargo de técnico, tais como: Leandro Nehues, Vinicius Eutrópio, Lio Evaristo e o mais recente, Ricardo Drubsky, algumas vezes tiveram medo de assumir, mas algumas vezes assumira que queriam colocar alguém do clube, como treinador que já conhecesse todos os jogadores e a metodologia interna, assim teríamos auto-suficiência em tudo, e é claro que o mesmo acataria mais os anseios para a “mostra” de atletas, enfim.

Muitas vezes não se contratou determinado treinador, porque queria trazer profissionais de sua confiança e o clube queria implantar a permanente. Isso mudou atualmente.

Ou então a contratação de um técnico estrangeiro ou então que viesse do estrangeiro, alguém desconhecido, que além de mais barato que os nossos, poderia ter uma visibilidade maior, como foi o caso do Lothar, ou então que mudasse e quebrasse alguns paradigmas.

Todas as intenções acima, são muito interessantes mesmo, são novidade que fariam bem ao clube e de fato poderiam dar resultado. Mas porque não se obtém o mínimo de resultados satisfatórios, sendo que de 2006 pra cá duas coisas foi feito de marcante, o título estadual de 2009 e o quinto lugar no BR2010.

O que falta, eu entendo que seja o meio-de-campo entre todas essas intenções interessantes e de certo modo mirabolantes, e o futebol, compreendendo os jogadores e a formação de um time, como tínhamos há alguns anos, competitivo, unido (nem que fosse na antiga casa noturna Carambola, quem não se lembra?) e imbuído, um time que trabalhe unido de verdade e não apenas com o mesmo uniforme.

Pra mim é claro, a distância que há entre os jogadores e isso não é de hoje não, como disse é de 2006 pra cá, os jogadores não se dão bem, não tem uma cumplicidade, enfim, não se consegue extrair desses, o seu melhor.

É aí que o problema reside, sai treinador, entre treinador, sai jogador entre jogador o problema persiste do mesmo modo, qual seja, um distanciamento gigantesco que afeta intimamente o resultado do time dentro de campo.

Daí vem o Jorginho, que pode, vejam bem eu disse pode ajudar a melhorar, pelo conhecimento que tem, pela vivência de futebol, por ser meio boleirão, mas tenho certeza que a longo prazo precisará de um apoio de pessoas do clube, diretor de futebol, gerente, qualquer denominação que tenha, pessoas do clube, da direção.

Vi um pedaço da entrevista coletiva que está no site oficial do CAP, e ele afirmou que nessa semana de trabalho, está recuperando a alma do Atlético Paranaense, o modo de jogar, que a alegria está voltando aos jogadores e que estes estão mais soltos, ta ai, alguém precisa de mais alguma evidência, eu não. Ele com certeza identificou esse problema.

O que está nos faltando é um departamento ou pessoa que se preocupe com o dia a dia dos jogadores, que procure efetivamente extrair o melhor de cada um, que resolva os problemas de cada tenha, que os ouça, que de um apoio, Maculan era um que fazia isso, quem faz isso hoje?

Sei que não descobri a América, mas é que vejo o Atlético há muito tempo com a mesma cara, mudam os jogadores, treinador e estamos lá um time sem alma, sem personalidade, sem aspiração, sem química, sem comprometimento, sem objetivos comuns.

Falo isso porque não sei mais até que ponto a culpa está na falta de qualidade do jogador Joãozinho, Huginho ou Luizinho, ou na incompetência do treinador fulando de tal, ou então na preparação física, ou então na intenção de se fazer a Copa do Mundo aqui.



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