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28 jul 2012 - 13h33

Mafuz Queta

Todo mundo espirra. Tosse, cospe, escarra, arrota e flatula. Todo mundo defeca. Até Gisele Bündchen, creia nisso. Necessidades básicas de eliminar secreções produzidas pelo organismo, as quais não têm serventia. A educação determina que o façamos em particular, ou seja, em ambiente apropriado para isto, ainda em reservado. Coisas de cunho privado merecem o silêncio que o convívio social requer.

Mas tem gente que defeca em público. Não se preocupa com o cheiro, o barulho, tampouco o volume do estrume humano deixado à vista, quase como em hasta pública, mas não para alienação. Levanta-se e vai embora achando que não fedeu. Que se transforme pela ação do tempo em qualquer tipo de adubo, ou que se dilua pela ação da chuva até as galerias pluviais do esgoto urbano, hoje de cobrança proporcionalmente equivalente à tarifa (preço público) d’água.

Desconheço o profissionalismo de Augusto. Por isto não emprego a palavra experiência. Valho-me do quesito etário e pergunto a quem saiba responder:

-“Pela idade que este senhor tem, como ainda pode, cotidianamente, publicar pensamentos sulfídricos como se estivesse em pleno momento íntimo na sua latrina individual?”

Numa de suas últimas “agadas”, soltou, dentre outras, que Paulo Baier tem seis meses para retribuir, em função do ‘comodismo’ que é jogar no Atlético e morar em CWB – como se não fosse obrigação de qualquer empregador pagar funcionários em dia e como se fosse proibido bem morar aqui – pois entra no 4º ano de contrato com apenas um título estadual. Aduz Mafuz que Baier é “ícone do rebaixamento”, intitulando seu diário parecer juridicalho (coluna, para mim, na maioria das vezes, escoliótica) como “Riqueza”.

Acusou, julgou e condenou Jorginho em poucos dias: celeridade de causar inveja ao Judiciário. Fala nada das novas contratações (o que será que está esperando?). Se nossas perspectivas estão ou estavam sombrias, este sujeito é completamente destituído de esperança. Seriam os deuses astronautas ou será ele Atleticano de verdade mesmo? A sua concepção de ‘riqueza’ resume-se no salário de Baier e não naquilo que ele representa como identidade, profissionalismo, índole e amor pela camisa rubro-negra. Valores, cada qual com os seus.

Diz o jornalóide (virtual) – que eu parei de comprar desde o caso “de quatro”, eu e mais metade da Torcida do Atlético – que ele, Mafuz, é “parte da história do futebol paranaense e nacional”. Aí eu não me pergunto. Porque há coisas na vida que não possuem resposta, simplesmente em razão de inexistência.

Só respondo que este cara NUNCA deve ter jogado uma partida de futebol. Que ele JAMAIS entenderá que o propósito do esporte é competir e não apenas vencer. Que ele atira só em determinadas pessoas, as quais não lhe possam trazer algum benefício. Que a idade não é o seu problema, e sim o seu mau caráter que o impede de lembrar que Paulo Baier lutou e conseguiu que o CAP não caísse desde que chegou aqui, portanto foram duas temporadas “vitoriosas”, posto que a marca da Chapa da Vitória é ignorar a competitividade (objetivar títulos).

Que ele tem ciúme do nível de empatia e afeto que Baier e Geninho estabeleceram com nossa Torcida, e por isso dispara contra ÍDOLOS. Ciúme é prova de insegurança do próprio sentimento. O ciúme prostitui os relacionamentos, por querer transformar algo anímico (sentimento) em propriedade, para usar, fruir e dispor ao bel prazer, em detrimento da liberdade do outro. Gente que deseja transformar pessoas em objetos, juntar ao seu patrimônio, agregando para a sua “conta” valor estipulado a alguém (do mesmo jeito que se atribui valor à tarifa de água e esgoto), ou ainda como se pessoas e sentimentos fossem coisas de natureza eminentemente possessória. Egoísta é quem ejacula seu ego e não limpa a pista.

As sociedades se transformam. A humanidade evolui. A vida não para. Mas tem gente que, quando não bloqueia, vai de retro. Itamar Franco ressuscitou o Fusca. Paulo Pimentel empalhou Mafuz. Mafuz e Fusqueta: dois ícones do retrocesso. Da involução, do anti-progresso e da pobreza que tanto agrada os conservadores, os maniqueístas e as elites do poder: “enquanto você patina na lerdeza do seu Fusca, eu disparo na veloster de minhas novas ideias, novas possibilidades”.

p.s.: mas bem que alguém poderia perguntar por mim => “o que Augusto Mafuz já fez de CONSTRUTIVO pelo Clube Atlético Paranaense em toda a sua existência?”. Ter um Fusca é legal, mas não é competitivo. Ademais, o povo brasileiro merece algo mais moderno. Ler Mafuz não é legal e é substancialmente destrutivo. Ademais, o povo paranaense merece algo mais ético.

p.s. 2: alguém avise a ele que seu ‘jornalismo’ não é “de informação de verdade” como anunciado, e sim DE OPINIÃO. Mera, reles e irrelevante OPINIÃO. Em off: mas que opinião FEDORENTA, hem????

Moral da estória – A primeira foi Geninho. Agora Paulo Baier. Não haverá uma terceira. Adeus, Tribuna virtual. Você, sua irmã (o jornal impresso), e sua prima (Gazeta): seus destinos foram traçados na maternidade: o Esgoto, Pereira.

@ Na França, quando os animais defecam nas ruas, seus donos limpam imediatamente com jornais. Na França.

@ No Brasil, quando as pessoas defecam nos jornais, seus leitores sujam-se imediatamente nas ruas. Seus leitores…



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