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4 ago 2012 - 21h57

Lições da Segundona

As palavras de MCP em Guaratinguetá, cidade às margens do Rio Paraíba do Sul que, aliás, me desperta saudades pois lá morei durante dois anos, soam realmente como confissão de alguém que é bom, talvez excelente, administrador, mas não é boleiro.

Afirmar que o time esqueceu ou não estava preparado para disputar uma Série B é admitir a sua própria alienação do que ocorre nos gramados futebolísticos do Brasil. É prova inconteste de que ele, MCP, há muitos anos não se deu ao trabalho de assistir jogos da Segundona Maldita, nem para ‘secar’ o Coxa em anos recentes. Claro, ele não é um ser comum, mortal como todo torcedor autêntico. Importante demais para perder tempo com isso. Azar dele! E nosso!

Não sou o único a alertar que para ganhar – ou, ao menos, ficar entre os quatro primeiros da B tem que montar time de A; que a B é jogada com pouca técnica e muita correria, raça, dedicação; que NUNCA pode-se esperar sucesso na B (e aí eu diria que na A também) apenas jogando às feras dos muito rodados adversários, meninos inexperientes, ainda que demonstrem amor à camisa e aquilo tudo mais.

Numa Série B, mesclar com jovens recém-profissionalizados pode ser uma alternativa, mas a experiência dos mais velhos é imprescindível.
Ele, Petráglia, não quis perder tempo nas terças e sextas com jogos inexpressivos; achou que já sabia tudo – como sempre -, contratou profissionais – sic para cuidar de cada segmento do Clube, inclusive, o Depto. de Futebol sem passar diretrizes básicas do que deveria ser feito. E como os tais também não sabiam de nada, agora estamos pagando o preço da incompetência geral.

Nem tudo está perdido,porém. Se o time dentro de campo deslanchar com as novas contratações, alcançar os dois primeiros (Criciúma e Vitória) pode ser muito difícil, mas dá para brigar com Goiás, os dois América e outros que correm por fora como o próprio Paraná.

Parece que alguma sorte e simpatia das arbitragens até já temos. Só falta os jogadores tratarem bem a bola e fazê-la ultrapassar muitas vezes a linha fatal do gol.



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