15 ago 2012 - 14h41

Drubscky comemora vitória e quer continuar

O técnico Ricardo Drubscky, ainda comandando o Atlético de maneira interina, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (14), após a vitória sobre o ASA, por 1 a 0, em Paranaguá.

O treinador falou sobre as dificuldades enfrentadas na partida, diante de um adversário que jogou pelo empate e armou uma forte retranca:

“Abdicaram totalmente do jogo e têm bons jogadores. Eles vieram com o propósito de empatar. A nossa equipe no primeiro tempo ficou aí, dez, doze minutos meio confusa, depois começou a buscar o jogo, mas não estava fácil entrar, penetrar ali e o nosso passe não estava encaixando. Aquele passe que é o passe que deixa o companheiro na cara do gol não estava encaixando. Mas sem dúvida nenhuma eu acredito que não há nenhum questionamento quanto ao mérito da vitória. Agora, foi uma vitória típica de Série B. Difícil e onde uma jogada às vezes resolve uma partida. E precisamos assim, acostumar a ganhar pontos em casa. Nós estamos perdendo, perdemos já muitos pontos dentro de casa. Então sobre esses aspectos, eu acho que foi de suma importância essa vitória”, disse.

Drubscky também comentou os retornos de Paulo Baier e Martín Ligüera ao time e exaltou o fato de ter jogadores de qualidade à disposição no banco:

“O Paulo é um jogador consagrado, é um jogador que a gente respeita muito. O ambiente de vestiário, o ambiente no Clube ganha muito com a presença dele. Então é muito importante sempre ter jogador com esse perfil. Já tem uma história importante no Clube e a gente coloca o Paulo Baier sabendo que coisas boas vão acontecer. Então foi dessa forma e quis o destino que ele entrasse e fizesse o gol e nós ganhássemos apenas de um a zero. Mas eu quero ressaltar que a equipe não se apavorou em momento nenhum. Nós deixamos a desejar na questão da contundência, na questão do ataque, de ser mais agressivo, mas a equipe não se apavorou, a equipe tentou jogar. E montar um jogo desse não é fácil. O jogo hoje está muito acelerado e de uma maneira muito atabalhoada. A gente está tentando fazer um jogo organizado, um jogo de posse de bola, um jogo que o time ganhe com consciência, com inteligência. Vamos crescer cada vez mais nesse quesito e tentar vencer com menos dificuldade.”

“Pois é, isso é muito importante. E mais importante ainda é saber que estão todos imbuídos de um propósito coletivo. Então isso é muito importante. O Paulo se manifestou, falou ‘Ricardo, eu quero ajudar’. O Ligüera ‘eu quero estar junto, quero estar ali perto, faça o que você quiser’. Então são jogadores já rodados, jogadores experientes que vão ser importantes para o grupo. Sem eles fica muito mais difícil subir. Estão assim, dando as mãos e dizendo ‘contem conosco’. Então isso é muito importante e tem outros jogadores importantes vindo também de recuperação. Então vai ser interessante ter um banco recheado cada vez melhor e dando mais recurso para o treinador.”

Ricardo ainda comemorou o fim da suspensão que lhe foi imposta pelo STJD, revelando seu desejo de permanecer à beira do gramado:

“Graças a Deus, quis o destino, né, que na melhor oportunidade da minha vida como treinador eu estivesse fora. Agora só não podem achar ‘é melhor você ficar fora do que aqui’. O que significa que a gente não teve bons resultados. Mas eu, assim, eu fico fervendo de vontade de estar ali porque eu vejo no treinador à beira do campo aquela presença física e marcante daquilo tudo que se treina. Então eu sou um treinador muito atuante, não fico fazendo espetáculo, mas eu fico em contato constante com a equipe no sentido de fazer com que as coisas aconteçam e cobrar. Então eu estou com muita saudade da beira do campo.”

Por fim, o técnico analisou a sua situação no Clube e demonstrou desejo de permanecer no comando técnico da equipe até o final da temporada:

“Estou muito feliz, cara. Estou muito feliz. Eu já manifestei a minha satisfação de estar aqui no Atlético. A maneira como foi feita a transição do profissional para o sub-23 foi de uma maneira muito honrosa. O Presidente conversou comigo, ele e o Dagoberto, conversaram comigo longamente e pediram que eu ficasse, pra que eu não saísse. E realmente já tínhamos combinado isso quando eu vim, só que eu não pensei que eu ia ficar tão pouco tempo. O Presidente disse ‘você vem, mas você não vai embora… mesmo se as coisas não derem certo, você não vai embora’. Mas eu nem ouvi aquilo bem, falei ‘eu vou ficar e vou fazer um bom trabalho’. Mas quis o destino que eu saísse e voltei, com muita alegria e a maneira como os jogadores me receberam, não sei, pode parecer conversa meio pra enganar as pessoas, mas eu não sei, parece que esse segundo meu está sendo com mais energia, com mais alegria, com mais receptividade, com mais credibilidade, então eu estou me sentindo mais à vontade. Eu espero que isso seja só o início e que a gente vá até o final do ano muito bem.”



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