18 ago 2012 - 22h39

Drubscky: “Eu tenho certeza que eu vou ficar”

O técnico Ricardo Drubscky estreou na beira do gramado neste sábado (18), na vitória do Atlético sobre o Criciúma, por 1 a 0, em Paranaguá. Desde que reassumiu o cargo de treinador, Drubscky conseguiu três vitórias em três jogos e devolveu a confiança à torcida atleticana que, hoje, vê o Furacão a apenas quatro pontos do G4.

Apesar da desconfiança e das constantes críticas recebidas, Ricardo Drubscky mostra tranquilidade e se diz confiante quanto à possibilidade de ser efetivado no comando técnico do Rubro-Negro. Em entrevista coletiva concedida após a partida, ele fez questão de frisar: “eu tenho certeza que eu vou ficar.”

Confira abaixo os principais trechos da entrevista coletiva de Ricardo Drubscky:

“Quem viesse ao jogo ia ver um jogo bom. Porque eram duas equipes que jogavam. E realmente foi um jogo interessante nesse aspecto. Um primeiro tempo que foi muito bom para o Atlético. Não sofreu basicamente nada. No segundo tempo, apesar de estar com um jogador a mais, fica sempre aquela situação de você estar reconquistando um espaço, reconquistando uma posição dentre os grandes da divisão, né? Dentre os grandes que o Atlético merece estar, então ainda estamos passando naquela fase de dificuldade, ainda de dúvida, então foi um segundo tempo menos bom do que o primeiro, mas ainda assim, tirando grandes ações dos atacantes deles que são muito bons, a gente também não sofreu perigo de gol.”

Perguntado se acreditava que a equipe estava jogando com mais alegria, o treinador destacou:

“Ah! Eu acho sim. Eu admito alegria no futebol com qualidade de jogo. Porque o time quando sente confiança no jogo, ele começa a se sentir mais feliz porque tem um produto a ser mostrado. Então a gente tem mostrado isso desde o jogo lá no Ceará, desculpa, lá de Natal, já tem mostrado uma evolução de qualidade de jogo. Se nós tivéssemos enfrentado o ASA aqui em casa e o ASA tivesse um pouquinho de interesse pelo jogo ofensivo, talvez a gente tivesse mostrado um jogo parecido com esse aqui que nós mostramos hoje. Então essa alegria vem com a qualidade do jogo, os treinamentos estão fluindo de uma maneira muito interessante, então isso tudo soma. E eu já falei isso uma vez e volto a dizer: vieram alguns jogadores para o elenco que também deram uma esquentada no vestiário. Jogadores assim mais rodados, despojados, bons caráteres e competitivos e que são jogadores que estão jogando. Então isso traz o que? Traz confiança para o vestiário. Isso tudo gera alegria, gera qualidade e a gente espera manter isso e melhorar cada vez mais.”

A respeito da manutenção de um quarteto ofensivo, formado por Felipe, Elias, Henrique e Marcão, Drubscky destacou a importância de ter um grupo coeso e boas peças de reposição:

“Olha, eu conto assim com todos os jogadores do grupo. Eu quero enaltecer aqui a entrada de um jogador que entrou 15 ou 20 minutos, que foi o Marcelo. O Marcelo entrou muito bem, ele errou um lance em todas as bolas que ele pegou. Foi agressivo, foi inteligente, e um jogador que jogou pouco. Então ele ajudou a segurar a bola no ataque de uma maneira inteligente. Então assim, nós temos um grupo que está se mostrando cada vez mais qualificado, os resultados vão aflorando a autoconfiança de todos, então não só essa turminha que está sendo mantida ali na frente, porque fatalmente um ou outro vai apitar e a necessidade de sair, mas um grupo aí de atletas, de jogadores, que estão realmente querendo jogar.”

Quanto à defesa, o treinador exaltou a presença de Manoel que, para ele, é um jogador diferenciado:

“Apesar de eu ver o jogo de uma maneira mais global, de uma maneira mais ampla, ou seja, eu armo a equipe como um todo, a gente conta com todos os setores bem encaixados. O Manoel, pra não ficar falando de outros jogadores, citando um por um, o Manoel é um jogador acima da média. Eu já falei isso nos treinamentos. Impressiona a maneira como ele treina, a maneira como ele se dedica ao trabalho e a maneira como ele se entrega nos nos jogos. É realmente um jogador acima da média e eu fico muito feliz em ter um jogador desse jogando do meu lado.”

Em determinado momento, Drubscky foi questionado se ainda se sentia o técnico interino do Atlético, ou já podia falar como se estivesse oficializado no cargo. A resposta demonstrou bom humor e otimismo:

“Eu te aconselho a chamar nessa entrevista coletiva um dirigente do Atlético. Eu não estou muito preocupado com isso, sinceramente. Eu tenho comigo a convicção de que eu vou ficar, e isso me basta. Então eu vou tocando esse barco aí, sinto que os jogadores me respeitam muito, sinto que a turma toda que está no CT ali me respeita muito e me gosta, e eu também adoro. Toda vez que eu entro no CT eu agradeço a Deus de estar podendo trabalhar num clube como o Atlético. E eu tenho certeza que essa oportunidade não vai me escapar. Então o que vai acontecer pra frente não me interessa, eu tenho certeza que eu vou ficar. E hoje eu garanto isso pra você.”

Ricardo também falou a respeito do clássico contra o Paraná Clube, que encerra a participação do Rubro-Negro no primeiro turno da Série B:

“O clássico contra o Paraná é um clássico muito difícil, sem favoritos e nós estamos mais ou menos na mesma pontuação, então é um clássico pra encher o estádio e a gente tentar se firmar com uma vitória boa.”

Quanto à possibilidade de voltar a jogar em Curitiba, diante dos rumores de que o Atlético está negociando a volta para o Janguito Malucelli, Drubscky ressaltou a importância do Atlético estar mais próximo de seu torcedor:

“Olha, jogar em Curitiba é muito importante. Nós não podemos negar que Paranaguá tem sido uma casa acolhedora, uma casa que nos atende muito bem. Em relação ao primeiro jogo que eu fiz aqui contra o Goiás, o campo melhorou muito, então graças ao campo ter melhorado muito nós conseguimos fazer a qualidade de jogo hoje e contra o ASA, essa qualidade de jogo que a gente apresentou. Agora jogar em Curitiba é mais interessante. A torcida que hoje deu uma mostra do que pode fazer, eu acho que em Curitiba, não tendo que se transportar pra cá e viajar uma hora, uma hora e meia, eu acho que lá eles vão poder dar uma contribuição ainda maior. E só de a gente ficar em Curitiba eu acho que é importante porque a gente se sente em casa, né? Apesar de não estar jogando na Arena. Então jogar em Curitiba vai ser muito importante.”

Por fim, a respeito das críticas que recebeu quando realizou as substituições, o técnico novamente demonstrou paciência e senso de humor, afirmando que está com crédito e pode cometer mais um erro sem que a torcida possa reclamar:

“Ah! Eu pretendia o que aconteceu. O Paulo Baier deu mais vida à equipe, o Elias é um jogador que está vindo de um tempo sem jogo e está precisando de mais tempo de trabalho. Ele veio, se machucou, ficou uma semana sem treinar, então assim… é um jogador qualificado tecnicamente, um jogador com uma perna esquerda, uma visão de jogo, fez umas bolas, umas invertidas de bola muito bacanas, mas ele é um jogador que não fecha um jogo, não faz noventa minutos. Eu até quero fazer, aproveitar Jairo e dizer que eu aceito o ‘burro’ da substituição do Elias, mas não aceito o ‘burro’ da substituição do Felipe, porque o Felipe pediu pra sair, ele se machucou. Então estou com um crédito aí com a torcida, eu posso errar uma próxima substituição que eles não vão poder me chamar de ‘burro’.”

Colaboração: Eduardo Arcie



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…