Atlético teve três técnicos na competição
Na difícil escalada em busca do retorno à elite do futebol brasileiro, demorou até que o Rubro-Negro encontrasse o comandante que lhe garantiria o tão almejado acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
O Furacão começou a caminhada sob o comando de Juan Ramón Carrasco, contratado no início da temporada. Depois de dar uma feição ofensiva à equipe durante o Campeonato Paranaense e cair nas graças da torcida, o uruguaio acabou perdendo o título estadual e iniciou a Série B pressionado, principalmente pelo então diretor de futebol, Sandro Orlandelli, que chegou a admitir interferência nas escalações. Após estrear goleando o Joinville fora de casa, por 4 a 1, o rendimento da equipe caiu e Carrasco foi demitido já na quarta rodada do certame nacional.
Para o seu lugar, a diretoria apostou no desconhecido Ricardo Drubscky, que chegou sob desconfiança, com um elevado índice de rejeição por parte da torcida. A pressão inicial impunha bons resultados, que não foram alcançados com um empate (com o Goiás) e uma derrota (para o Ceará) em duas rodadas, fazendo com que Drubscky fosse transferido para o Sub-23 enquanto Jorginho assumia o comando técnico da equipe principal.
Ao contrário de Drubscky, Jorginho chegou com o maior índice de aprovação dos últimos anos entre os torcedores. Polêmico, o treinador que exigiu reforços para assumir iniciou sua passagem pelo Furacão com um empate diante do Bragantino, por 0 a 0, dizendo que o time era "fedido" e que para ficar "cheiroso" precisava de muito trabalho. Mas, como os resultados não vieram, acabou sendo demitido logo após derrota em casa para o São Caetano, depois de apenas nove rodadas à frente da equipe.
Com a demissão de Jorginho, Ricardo Drubscky foi confirmado como seu substituto, ainda que outros nomes, como o de Paulo Roberto Falcão, fossem especulados pela imprensa. E foi somente após o retorno de Drubscky que o Furacão conseguiu entrar nos eixos, alcançando logo de cara uma boa sequência de vitórias nas quatro últimas rodadas do primeiro turno. Com o apoio do elenco e os bons resultados obtidos, o treinador foi, aos poucos, conquistando a confiança da torcida, e conduziu o Atlético durante todo o restante do campeonato, conquistando o tão almejado acesso à Série A.
Confira abaixo o desempenho de cada técnico do Furacão na Série B:
Carrasco
4 jogos, 2 vitórias, 0 empate e 2 derrotas (aproveitamento: 50%)
19/05 – Joinville 1 x 4 Atlético
29/05 – Boa Esporte 2 x 1 Atlético
01/06 – Atlético 3 x 0 Barueri
09/06 – CRB 2 x 0 Atlético
Jorginho
9 jogos, 4 vitórias, 1 empate e 4 derrotas (aproveitamento: 48,14%)
30/06 – Atlético 0 x 0 Bragantino
07/07 – América/MG 3 x 2 Atlético
10/07 – Atlético 1 x 0 Ipatinga
14/07 – Atlético 2 x 1 ABC
17/07 – Avaí 1 x 2 Atlético
21/07 – Atlético 0 x 1 Vitória
28/07 – Guarani 2 x 1 Atlético
31/07 – Guaratinguetá 0 x 1 Atlético
04/08 – Atlético 0 x 1 São Caetano
Drubscky
25 jogos, 15 vitórias, 7 empates e 3 derrotas (aproveitamento: 69,33%)
16/06 – Atlético 0 x 0 Goiás
23/06 – Ceará 1 x 0 Atlético
07/08 – América/RN 0 x 2 Atlético
14/08 – Atlético 1 x 0 ASA
18/08 – Atlético 1 x 0 Criciúma
25/08 – Paraná Clube 1 x 2 Atlético
28/08 – Atlético 1 x 1 Joinville
31/08 – Ipatinga 1 x 1 Atlético
04/09 – Atlético 2 x 1 Boa Esporte
07/09 – Barueri 0 x 6 Atlético
11/09 – Atlético 4 x 1 CRB
15/09 – Goiás 3 x 2 Atlético
22/09 – Atlético 2 x 1 Ceará
29/09 – Bragantino 2 x 1 Atlético
06/10 – Atlético 5 x 4 América/MG
12/10 – ABC 0 x 1 Atlético
16/10 – Atlético 3 x 1 Avaí
20/10 – Vitória 0 x 2 Atlético
23/10 – Atlético 1 x 1 Guarani
27/10 – Atlético 3 x 0 Guaratinguetá
03/11 – São Caetano 1 x 3 Atlético
06/11 – Atlético 1 x 1 América/RN
09/11 – ASA 2 x 3 Atlético
17/11 – Criciúma 0 x 0 Atlético
23/11 – Atlético 1 x 1 Paraná