Resposta
Com o título ‘Pergunta’, Sérgio Marchanek postou texto, indagando sobre os benefícios da nova Arena para nós atlelicanos.
Caro Marchanek! de benefício só mesmo a expectativa dos mirabolantes e encomendados cálculos da tal ‘PLURI Consultoria’ para os próximos vinte anos, mais inverossímeis que as notas políticas do Fábio Campana.
Agora, sobre os prejuízos já carreados, creio que não preciso discorrer. Mas sempre é bom e sempre é hora de aviventar a memória dos MARIOnetes esquecidiços e lembremos, então, dos três maiores prejuízos já advindos (já que relacionar todos demandaria muito tempo e espaço).
PRIMEIRO: a falta de estádio durante dois longos anos (é possível estimar o prejuizo técnico e financeiro?).
SEGUNDO: a debandada de sócios (quantos, atualmente, sete/oito mil?).
TERCEIRO: o rebaixamento de 2.011, maquinado, engenhado e orquestrado por MCP com toda aquela série de sórdidos expedientes no último ano da então Diretoria, patifarias tantas que aqui, neste espaço, já elenquei mais de 10 vezes, não vou repetir (e que MARIOnete algum jamais ousou refutar).
Mas, quais os benefícios em espectativa ?
‘Mais de duzentos eventos anuais’ (quatro por semana), aqui postou incauto idólatra, como se isso fosse viável.
‘Mais de 40.000 sócios pagando mensalidade de Cem dólares’, vaticiou outro, em delírio extremo (com esse preço não ultrapassaremos 12.000 sócios).
‘Vinte milhões anuais só em naming rights’, se empolgou o bajulador securitário, abanando as apólices de seguro do seguro virtual que MCP lhe contemplou.
Ora, após 2.014 serão 14 arenas modernas no Brasil. De 1.999 a 2.011 quando só a Arena da Baixada existia, o único patrocínio dessa modalidade foi o da Kyocera, durante tres anos.
Agora, com 13 concorrentes, a maioria de maior pujança em termos de retorno … (ficam as reticências).
Lembrando que o patrocínio da Kyocera não foi obra de nenhum Mago de marketing petralhano, mas iniciativa de um torcedor ateticano de origem nipônica, parece que ex-vereador, conforme se noticiou na época (sobre quem faturou a comissão não se noticiou).
E, a rigor, o patrocínio da Kyocera foi, substancialmente, para as camisas. O nome na Arena, mais como lambuja.
Quando o contrato venceu, com Petraglia em atrito com a imprensa, com o presidente do Clube dos Treze, com o São Paulo e com mais 2/3 do mundo, a Kyocera entendeu desaconselhável renovar.
Os prejuízos já advindo e em curso, aí estão.
Os benefícios futuros, meras conjecturas nada plausíveis, palpites, saques a descoberto…
Para o futuro, Marchaneck, certo mesmo só a dívida astronômica que inexoravelmente advirá.
Raciocinemos: tomados emprestados R$ 132 milhões ao BNDES (56 já absorvidos pelo Clube). Conforme acordo, um terço é responsabilidade do Atlético. Mas esse numerário é insuficiente. Necessários mais 85 milhões conforme se noticia. Mais o ressarcimento ao Município pelas desapropriações (10 milhões, no mínimo). Mais o rombo desses dois anos perambulando por estádios vários e com o quadro de sócios diminuto.
Lembrando que na dívida para com o BNDES, Atlético, Município e Estado são solidários (todos devem tudo). O acordo de responsabilidade de 1/3 para cada qual só vale entre eles, não perante o Banco. Logo, se o Município, ou o Estado, ou ambos, se mostrarem vacilantes no pagamento … (quem, os futuros governantes?) e sendo os bens públicos impenhoráveis, muito cômodo para o BNDS cobrar, exclusivamente, do Atlético (de quem tem, inclusive, a garatia real do CT) do que entrar na incomensurável fila dos precatórios (lembram da promessa de não onerar os bens do Clube?).
AH! claro. A CAP S/A, da qual MCP é presidente e diretor financeiro, é co-responsável por 0,0001% da dívida, conforme consta em seu Estatuto). Consolo.
Tal é o quadro, Caro Marchaneck, que a solução, creio, é MARIOnetetizarmo-nos todos e, vendo as coisas sob a ótica e a ética dos marionetes, torcermos pela volta do flagelo Lerner e que ELE volte a viver seus gloriosos, posto efêmeros, dias de Carlinhos Caixoeira dos Pinherais.
Minha resposta para sua pergunda, Marchaneck. Diria o meu avô: ‘a previsão tá brusco’.