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25 abr 2013 - 17h58

O Médico e o Monstro

Ao assistir um programa na semana passada de entrevistas com o presidente de um clube mineiro, fiquei curioso e fui fazer uma pesquisa com relação aos futuros estádios no Brasil e para a Copa do Mundo.

Depois de torcidas organizadas, a Lei Pelé que deu uma fatia do bolo para empresários, o governo com seus impostos e uma imensidão de parceiros; agora surge mais um ramo carente no Brasil que quer entrar na festa dos clubes, as pobres das empreiteiras.

– Arena Minas e Cruzeiro, o clube mineiro é obrigado a jogar no Mineirão, tem que pagar 70% das despesas totais dos jogos. Dos 93 camarotes o Cruzeiro tem direito apenas a 3, o restante é da concessionária. Das cadeiras o clube tem direito a 54.000 apenas e as 12.000 restantes sendo elas especiais ficam com a concessionária. Nos estacionamentos, bares e lanchonetes com o famoso feijão tropeiro o Cruzeiro receberá um terço da renda liquida do que for consumida pela sua torcida. O contrato tem o encerramento em 2037 e a multa de uma recisão é no valor de 10 milhões. Então o Cruzeiro terá que colocar com frequência 40.000 pessoas para ter um lucro razoável, sendo que a concessionária ganhara cinco vezes mais que o clube.

– Na nova Arena do Grêmio, a atual diretoria comandada por Fabio Koff tenta renegociar o contrato firmado pela diretoria antecessora ou tentar comprar em definitivo a Arena Grêmio. O Grêmio não tem participação dos bares, num possível contrato de naming rights o clube gaúcho não recebe absolutamente nada e ainda entregou um determinado numero do quadro associativo à OAS. Hoje o Olímpico não é mais nem do Grêmio nem da OAS e sim da CAIXA.

– Arena Fonte Nova foi o primeiro que teve seu nome vendido para uma cervejaria que pagará por ano 10 milhões ao consórcio que administra o estádio, como diz Alexandre Kalil o consórcio vendeu vento. Se pegarmos os patrocínios da camisa, da manga, do calção, dos números tanto de Bahia como Vitoria o valor não chega perto destes 10 milhões ano.

– No Maracanã maior absurdo ainda. O grande palco do futebol está sendo cedido por nem de 10% dos valores gastos na reforma. Não se teve o resultado das licitações, mais alguém acha que Eike Baptista vai perder e que ele pensa no bem do futebol e dos clubes do Rio de Janeiro?

– Náutico e Fortaleza ainda não firmaram os contratos, mas as clausulas não serão diferentes das demais situações.

Tirando os problemas das cadeiras, os parentes, arquiteto, empresa do teto retrátil, demora e outras coisas mais, ter um estádio moderno é importantíssimo, é um ativo para os clubes e em breve o Atlético terá uma arrecadação maior que Cruzeiro, Botafogo, Grêmio e Fluminense (porque a Unimed não será eterna). O idealizador deste projeto é um visionário, um empreendedor, embora ao afirmar que terão 200 shows por ano eu acho um grande exagero.

Conseguir dividir a torcida não passando os jogos no primeiro semestre e não arrumar opções, chamar de campeonatozinho e de porcaria um torneio em que é obrigado a participar com mais de 100 anos de existência sem ter ainda alguma alternativa de outra competição, colocar em risco a imagem e exposição do clube ao não aparecer na mídia desagradando patrocinadores e não conseguir mais parceiros, generalizar a imprensa paranaense como ruim e comprometida, fazer campanha contra a arbitragem e criar uma imagem de que somente somos prejudicados, (erros acontecem, o Bayer já tinha sido beneficiado contra a Juventus e contra Barcelona teve 2 gols irregulares no mesmo jogo, isto na Champions Legue), se lê e se ouve através deste site e das raras entrevistas que existem com os dirigentes, muitos atleticanos espalhados pelo Brasil e pelo mundo sedentos de vontade de colaborar com o clube e até agora não se criou nenhuma modalidade de sócios ou de colaboradores para este pessoal, parece que o clube não está precisando de dinheiro e de ajuda. Com o clube prestes a cair de divisão no nacional, dirigido por um braço direito seu, em que se precisam aliar forças no campeonato, se solta uma lista de salários de jogadores, a campanha eleitoral começa antes do término daquele nacional lavando roupa suja através da imprensa, esta que segundo a direção nos dias de hoje não presta. Quem faz tudo isso é no mínimo alucinado.

Término do primeiro semestre, nesta primeira fase do ano em que não se era para levar a sério fiz várias criticas, espero ver o Atlético campeão estadual e se for acho que nenhum dirigente tem que aparecer na foto ou bater no peito, pois se menosprezou a competição desdenhou dela e a chamou de falida, seria uma grande incoerência aparecer cartolas do lado da meninada. Inicia-se o brasileiro, outro nível de competição muito mais difícil e disputado, dividir forças entre a torcida não vai contribuir com nada, então espero somente falar de futebol, pois agora vou poder ver os jogos. O atleticano ele é diferente é apaixonado pelo clube, se nasce atleticano não se escolhe como nos outros times, pergunte a um atleticano quando ele se tornou rubro- negro e ela não vai saber dizer, esta dentro dele nasceu com ele, agora faça a mesma pergunta para outro torcedor, ela vai dizer que foi um jogador, um campeonato, um jogo inesquecível, um ídolo a família e coisas assim. Esta relação de MCP com a torcida Atleticana me faz lembrar um casamento dos anos 50 ou 60, em que o casal recebe uma herança, MCP, o marido, sai para trabalhar, dá um duro danado e cresce gigantescamente. A torcida, a mulher, fica em casa cria os seus 12 filhos com muito sacrifício, mantém a casa em ordem e dá conforto ao marido, e quando questiona ou reivindica alguma coisa recebe como resposta: olhe de onde eu te tirei, se lembra da vida que você levava? Mas o marido se esquece de que sem ela tudo isto que construiu seria impossível. Acho que a direção deveria escutar muito mais a torcida e explorar mais a historia do clube, espero que este vazio e esta carência sejam por causa dos compromissos de engenharia e que depois de concluída a Arena se olhe mais para este lado.

Como sou atleticano sou passional, algumas vezes fui deselegante com alguns torcedores e peço desculpa por isso. Desejo que o segundo semestre seja de felicidades, que os objetivos sejam conquistados e que neste espaço somente se fale de futebol aparando todas as arestas e tirando o primeiro semestre como exemplo.



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