23 jan 2014 - 22h02

Petraglia dispara: “Só se incrementa obra com caixa”

A única solução para finalizar as obras na Arena é liberar o dinheiro faltante para o complemento das obras. A afirmação foi feita pela presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, em entrevista à Rádio CAP nesta quinta-feira (23). Na entrevista, Petraglia cobrou publicamente a prefeitura e o governo do estado a cumprirem o acordo tripartite que formatou a engenharia financeira da obra, disse que o Atlético não pagará sozinho toda a conta restante e garantiu: “nós teremos Copa do Mundo em Curitiba”.

“Sem dinheiro não se faz obra, estão falando demais da conta, passaram dos limites, pondo em dúvida nossos engenheiros, parceiros e companheiros de diretoria, que faltou coisa, temos que aceleram obras isso e aquilo. Depois do leão morte é fácil. Só ficou uma coisa para que o estádio ficasse pronto: o compromisso do governo do estado e da prefeitura não foi cumprido. Sem caixa você não dá tranquilidade aos fornecedores, não dá segurança aos empreiteiros, você não cumpre a programação e gera insegurança, instabilidade muito grande”, informou Petraglia, dizendo que em dezembro chegou-se a 85% de obras finalizadas com 70% do valor recebido dos financiamentos e que em 31 de janeiro as obras atingiram 90% de conclusão.

O presidente atleticano também questionou a medida informada pela prefeitura, em contratar mais homens para a obra, dizendo que esse não é o ponto central do debate. “Agora faltando 10% para terminar a obra por falta de recursos vem e estabelece uma comissão. Não há nenhuma dificuldade, podem colocar quem quiserem. Agora ajuda nesta hora, dizendo que vem acelerar as obras, que vem colaborar, que vão incrementar com mais 500, 600 homens, é brincadeira. Só se incrementa obra, só se recupera prazo é com caixa”, falou.

Segundo Petraglia, são três os pontos necessários para dar sequência ao projeto no ritmo que a Fifa exige, demonstrando clara evolução até 18 de fevereiro, prazo limite estipulado pela entidade. “Temos que pagar o que estamos devendo, porque estávamos atrasados, contratar mais gente e terminar a obra”, resumiu.

O dirigente do Atlético também reclamou do comportamento anti-Copa que impera na cidade e cobrou ações efetivas da prefeitura e governo. “Das 12 cidades que terão jogos, temos 11 em festa e uma em velório. Temos um clima negativo, um medo, entendemos que a Copa não seria necessária, que os investimentos deveriam ser encaminhados para outros objetivos. Então por que assinaram, por que se comprometeram se não queriam? Quando a gente se candidata a um cargo herdamos direitos e obrigações, poderiam em seguida às suas eleições renunciar, mas continuaram com o projeto. O grande problema, a equação de todas as soluções é o caixa, o dinheiro, os recursos, isso se acumula. Tempo não se recupera, tempo não se acumula. Você não faz milagre uma obra de 18 meses ter que levar 36. Resumindo, falta de recursos no tempo necessário. As necessidades do tripartite forma essas, não aconteceram dentro do tempo necessário”, disse.



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