Análise de Atlético 1 x 3 Vélez: Derrota nada esperada
Para jogar o segundo jogo contra o Vélez Sarsfield nessa Copa Libertadores, Miguel Portugal manteve os mesmos titulares e esquema tático do último jogo contra o Universitario. Já José Turu Flores, técnico do Vélez Sarsfield, iniciou com o volante Desábato e o jovem meia Jorge Correa, nos lugares de Canteros e Mauro Zárate (poupado desta partida). Apesar das trocas de jogadores, o time argentino manteve o 4-4-2 em linha.
Ambas as equipes no 4-4-2, mas com pequenas diferenças de movimentações [arte: divulgação]
Apesar dos dois times terem atuado no mesmo esquema tático, elas apresentaram aspectos de jogo diferentes entre si. No início do primeiro tempo, o Furacão pressionou a saída de bola do Vélez, realizou ataques com intensidade e compactou os seus jogadores em curto espaço. Com a pressão desde a saída de bola adversária, a linha defensiva rubro-negra tinha a necessidade de avançar para que a curta compactação do time se mantivesse. Vide no flagrante a seguir:
Com o time avançado, a linha defensiva marcada de vermelho tinha a necessidade de subir [arte: divulgação]
Esta pressão desde a saída de bola do Vélez Sarsfield se manteve até cerca dos 30 minutos do primeiro tempo. Até este minuto, o Atlético realizou cinco das nove finalizações que realizou durante toda primeira etapa. Porém, apesar de tantos arremates, o Furacão não fez o seu gol e, para piorar, tomou um, aos seis.
O primeiro gol dos argentinos foi de Allione, e através da jogada que iria ser a geradora do terceiro gol também: o contra-ataque. Por iniciar a marcação somente no meio de campo através de seus meio-campistas e por começar com o velocista Jorge Correa como titular, o Vélez Sarsfield já havia anunciado este intuito de jogo já desde o começo dele. Já que Correa e Pratto sequer tinham funções defensivas e ficavam em campo ofensivo mesmo com o seu time sendo atacado.
E ainda, depois de um gol feito logo no início da partida, o time argentino passou a valorizar a posse da bola e a realizar muitos passes curtos. Esta valorização da posse fez o time terminar com 54,6% de posse no fim do jogo, ter realizado 271 passes certos e somente 53 errados.
Com o time argentino esperando somente os contra-ataques para ameaçar a meta de Weverton, o Atlético não conseguia fazer o seu gol. E após os 30 do primeiro tempo, Manoel saiu lesionado e, assim, Drausio entrou em seu lugar. Sem um dos líderes do grupo em campo, o Furacão entrou no ritmo lento em que o Vélez Sarsfield passou a ditar para a partida, até o fim do primeiro tempo.
No intervalo do jogo, Miguel Portugal colocou Marcelo no lugar de Bruno Mendes. Esta substituição somada à outra pressão exercida pelo time fizeram o Atlético realizar o seu gol, aos oito, com Drausio. Mas, depois de somente seis minutos, Lucas Pratto voltou a deixar o Vélez à frente no placar.
Novamente com a desvantagem, Miguel Portugal colocou Felipe no lugar de Mirabaje e adiantou a equipe. Porém com o nervosismo aparente em cada atleta, o Atlético voltou a utilizar de inúmeros lançamentos e cruzamentos para a realização de seus ataques. Da mesma maneira do que no ano passado, o Furacão mais errou lançamentos (foram 56 realizados e 14 corretos) e cruzamentos (foram 25 e 7 corretos) do que acertou. Com os comandados de Miguel Portugal não conseguindo realizar outro gol, o Vélez terminou a partida com o seu terceiro gol, aos 44, através de outro contra-ataque.
Distribuição dos jogadores ao fim da partida: Atlético no 4-4-2 em linha e Vélez Sarsfield no 4-4-1-1 [arte: divulgação]