Portugal, crédito de confiança
Sou daqueles que não aprovaram a contratação do Portugal no mês de janeiro para o comando técnico do CAP.
Talvez o único handicap favorável: a experiência internacional, útil na disputa da Taça Libertadores da América.
Infelizmente não foi bem sucedido, nos jogos mais importantes contra os argentinos e bolivianos, Portugal que havia sido técnico do Bolívar e conhecia a altitude de La Paz, não transmitiu seus conhecimentos ou então os jogadores não entenderam sua filosofia de jogo (aliás, naquela altura do campeonato já haviam surgido as rusgas entre ele e alguns jogadores, especialmente Adriano e seus acólitos).
Já escrevi anteriormente neste espaço que a contratação de Portugal e sua manutenção no comando técnico do Atlético, estão vinculadas à presença da Seleção da Espanha em Curitiba. Não há outro jeito, teremos que engolir o Miguel Angel até pelo menos o final deste primeiro semestre.
Suas declarações também não tem ajudado muito e não existe empatia com a torcida.
Mas curiosamente, não sei se é sorte dele, ou de MCP, as coisas estão paulatinamente se acertando. Em que pese a fragilidade da defesa (leia-se Drausio e Cleberson), as mudanças técnicas efetuadas no 2° tempo da partida contra o Vitória surtiram efeito, e o Atlético conseguiu um empate com gostinho de vitória na Bahia.
Gostei da entrada do Felipe que passou a jogar mais adiantado, gostei da efetividade do Mosquito e também da entrada do Douglas Coutinho, que é alto e naquele momento poderia decidir o jogo em uma cabeçada.
Contra o Cruzeiro não será fácil, tem time infinitamente melhor que o nosso, mas estaremos apoiando incondicionalmente o Furacão. Estarei em Brasília no Mané Garrincha. Irei com otimismo. Vamos dar um crédito de confiança para o Portugal.