25 abr 2015 - 21h55

Livre do rebaixamento, Atlético não tem o que comemorar

Não, o Atlético não fez uma campanha digna de seu tamanho, de sua torcida, de sua história. Não, o atleticano não pode se sentir orgulhoso pelo resultado obtido na noite deste sábado (25), diante do Prudentópolis, equipe que em 2015 não conseguiu vencer um jogo sequer.

Mas, ao menos, o fanático atleticano pode dormir aliviado por saber que o time de maior torcida no Estado vai permanecer na elite do futebol paranaense, ciente de que a tragédia poderia ser muito maior.

Desde o início do Campeonato Paranaense, o Atlético fez apresentações bizarras. Tanto com a equipe Sub-23 quanto com o time principal, o Furacão não passou de uma brisa morna e insossa, permanecendo sempre entre os últimos colocados e envergonhando o seu apaixonado torcedor.

Depois de definir que a equipe principal faria novamente a pré-temporada na Espanha, o Atlético voltou a utilizar o Sub-23 no início do Estadual. Mas, sob o comando de Marcelo Vilhena, os resultados não foram satisfatórios. Com um empate, duas vitórias e duas derrotas, o Sub-23 deu lugar ao principal já na sexta rodada. Mas, surpreendentemente, a estreia com derrota para o Foz do Iguaçu, em plena Arena da Baixada, e as péssimas atuações do time de Claudinei na sequência do campeonato, fizeram com que a arquibancada gritasse que "o principal é pior que o juvenil."

Sofrendo até o final da primeira fase, o Atlético não teve forças sequer para garantir uma das oito vagas nas quartas-de-final, num campeonato que disputava contra 12 equipes, a maioria delas sem estrutura, orçamento, calendário e torcida. A revolta dos torcedores ecoou nos estádios, em especial na Arena, e culminou na queda de dois técnicos em menos de três meses.

Fadado à disputa do "Torneio da Morte", o Rubro-Negro demonstrou toda sua fragilidade ao sofrer para garantir a permanência na elite do futebol do Estado. Mesmo conseguindo os pontos necessários para evitar o rebaixamento, o que se viu em campo nem de longe lembrou o espírito guerreiro que marcou a história do Furacão.

Enfim, o Rubro-Negro escapou do rebaixamento. Mas nenhum atleticano tem, neste momento, motivo algum para comemorar.



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