21 jul 2005 - 12h20

Finazzi: um artilheiro de muitas histórias

O atacante Finazzi, novo reforço do Atlético para a disputa do Campeonato Brasileiro, tem uma trajetória incomum no futebol. Começou sua carreira profissional somente aos 24 anos, depois de se graduar engenheiro civil na PUC de Campinas. Passou por diversos clubes e registrou sua marca de artilheiro na maior parte deles. Confira algumas passagens da carreira do novo jogador rubro-negro:

PARREIRA E FINAZZI
Um técnico foi muito importante na carreira de Finazzi. Carlos Alberto Parreira, atualmente na Seleção Brasileira, foi quem o aprovou em um teste no São Paulo, em 96. Em apenas 28 minutos, o atacante marcou três gols e impressionou o treinador. Porém, Parreira deixou o clube logo em seguida, Finazzi não foi aproveitado e acabou indo para o Botafogo de Ribeirão Preto.

MATADOR
"Na maioria dos clubes pelos quais passei, fui artilheiro sim, fiz muitos gols. Tenho minhas características de jogador de área, portanto isso facilita minha vida de matador", avisa o jogador.

ENGENHEIRO CIVIL
Alexandre Finazzi é formado em engenharia civil pela prestigiosa PUC de Campinas. Ele atuava pelos juniores do Guarani e dividia seu tempo cursando a faculdade. Reserva de Amoroso, acabou dando prioridade à formação profissional e deixou o futebol de lado. Por isso, iniciou a carreira profissional muito tarde, apenas aos 24 anos.

ÁLCOOL E DROGAS NUNCA MAIS
Nos tempos de Guarani, Finazzi acabou se deslumbrando e quase perdeu o rumo da carreira e da vida. Em entrevista à Folha de S.Paulo há três meses, o atacante admitiu o consumo de drogas. "Tinha uma vida desregrada em Campinas, com álcool e drogas. Parei com tudo isso, porque estava decidido a retomar a carreira", disse ele.

OPINIÃO DO SANTA CRUZ
Finazzi disputou a Série B de 2004 pelo Santa Cruz e deixou boa imagem no clube. "Finazzi é um jogador bastante experiente. Dentro da área é um dos melhores que vi jogar. Bom cabeçeador e ótimo finalizador", atesta Renato Arruda, responsável pelo site oficial do Santa Cruz, a CoralNet. Segundo Arruda, o único problema de Finazzi é que ele não suporta o atraso de salários – o que acabou gerando sua saída do Paulista de Jundiaí. Porém, no Atlético o atacante dificilmente terá esse inconveniente. Pelo Santa, ele marcou 11 gols e foi o quarto melhor goleador da Série B do ano passado.

ATLETA DE CRISTO
A recuperação do jogador veio a partir de uma decisão de freqüentar mais a igreja. "Depois que aconteceu isso, minha carreira começou a dar certo, que foi em 99 no Goiânia. Depois que eu passei a viver a vida em Jesus Cristo, minha vida deu uma guinada.", contou ele em entrevista ao site Fortaleza.Net.

FINAZZI E ROGÉRIO CORRÊA
Finazzi atuou ao lado do ex-zagueiro do Atlético Rogério Corrêa no Goiânia e no Vila Nova durante a temporada de 2001. Naquele ano, o regulamento permitia a transferência entre os clubes no mesmo campeonato. Rogério e Finazzi foram cedidos pelo Goiânia ao Vila Nova para a fase final e foram campeões goianos. Logo em seguida, o Atlético contratou o zagueiro, que foi campeão brasileiro naquele ano.

NO TIME DE ILAN
Mesmo tendo iniciado a carreira tarde, Finazzi já teve passagens pelo futebol do exterior. Jogou no Japão e na Europa. Na França, atuou pelo Sochaux, time atualmente defendido pelo ex-atleticano Ilan. Ele jogou pelo clube durante a temporada de 2000, mas não chegou a permanecer até o final do ano e foi liberado em novembro. De acordo com o clube, Finazzi teve problemas de "adaptação e aclimatação". De todo modo, o Sochaux foi campeão da segunda divisão francesa naquele ano e Finazzi acredita que deu sua contribuição.

GOLEADOR DO PAULISTÃO
Finazzi viveu o melhor momento de sua carreira no primeiro semestre deste ano. Atuando pelo América de São José do Rio Preto, foi artilheiro do Campeonato Paulista. Marcou 17 gols em 19 rodadas, uma média excelente. Como neste ano o Paulistão foi disputado no sistema de pontos corridos, a artilharia de Finazzi foi ainda mais valorizada, já que todos os jogadores tiveram a chance de atuar no mesmo número de jogos.

PASSAGEM RELÂMPAGO
Com o final do Campeonato Paulista, Finazzi foi contratado pelo Paulista de Jundiaí. Disputou apenas 9 partidas pelo clube, mas marcou 5 gols, todos pela Série B do Brasileiro. Seu contrato foi rescindido no dia 20 de junho. A diretoria do clube alegou que Finazzi estava machucado no tornozelo e não se recuperaria a tempo da final da Copa do Brasil (que acabou sendo vencida pelo Paulista). Porém, a imprensa de Jundiaí reputa que o verdadeiro motivo foi um atrito com o técnico Vagner Mancini e o alto salário de Finazzi (R$ 40 mil mensais).

PROCURA-SE FINAZZI
Além do Atlético, vários outros clubes procuraram Finazzi. Segundo seu procurador Wilson Rezende, houve propostas da Portuguesa, do Guarani, do São Caetano, do Paysandu, do Juventude e do Fortaleza. Até times do exterior procuraram o jogador. Por indicação do técnico Oswaldo de Oliveira, ele foi consultado sobre a possibilidade de jogar no Qatar.

Agradecimentos: CoralNet e Razão Tricolor



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