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A transferência do meio-campista Fernandinho do Shakhtar Donetsk para o Manchester City, concretizada nesta semana, renderá cerca de R$ 2 milhões ao Atlético. Mas o clube poderia receber um valor quase dez vezes maior caso não tivesse negociado o percentual dos direitos econômicos do atleta.

De acordo com o presidente Mario Celso Petraglia, em entrevista concedida à Rádio CAP neste domingo, tanto Fernandinho quanto Jadson foram negociados com o Shakhtar em 2005 nas seguintes condições: 80% dos direitos econômicos para o clube ucraniano e 20% para o Furacão.

Segundo Petraglia, a gestão anterior negociou os 20% que detinha de Fernandinho com o próprio Shakhtar. "Nós, quando vendemos o Fernandinho e o Jadson, nós vendemos 80%, só. O Atlético ficou com 20%. E, para surpresa nossa, agora, quando voltamos, o Jadson permanecia os 20% e o Fernandinho tinha sido vendido os 20%. O próprio Shakhtar comprou. Agora o Jadson foi vendido para o São Paulo e nós recebemos os 20%. Se nós tivéssemos mantido os 20% do Fernandinho, nós teríamos feito 14 milhões de reais agora", afirmou.

De acordo com as notícias da imprensa britânica, o City pagará £ 30 milhões (R$ 100 milhões) pela contratação de Fernandinho. Ou seja, rigorosamente o Atlético teria direito a receber R$ 20 milhões caso ainda tivesse mantido a participação no atleta.

"A administração anterior vendeu os 20% (do Fernandinho) e o Jadson nós ficamos. Assim como o Michel Bastos, que nós vendemos e deixamos 20% da mais-valia e eles receberam 3,2 milhões de euros pela venda do Lille para o Lyon", lembrou.

Mecanismo de solidariedade

Diante da informação de Petraglia, o Atlético receberá a quantia proporcional como clube formador em virtude do mecanismo de solidariedade da FIFA. A regra prevê que 5% das transferências internacionais de atletas serão destinados aos clubes por onde os jogadores passaram entre os 12 e os 23 anos.

O Atlético tem direito a 2% da transação (aproximadamente R$ 2 milhões).