Ele tarda, mas não falha
Vocês não conseguem imaginar a felicidade de ver a verdadeira e apaixonada nação atleticana mobilizada em defender o atacante Kléber, nosso eterno artilheiro do Brasil. Isso porque eu acreditava ser a única atleticana que ainda acreditava em seu maior artilheiro. Sim, Kléber é o nosso verdadeiro goleador, aquele que podemos depositar nossas esperanças de vitória.
É no mínimo injusto o que muitos têm feito com Kléber, que já entrou para a história como o camisa 11 mais vaiado do mundo. No fatídico jogo contra o Bolivar, logo aos 15 segundos de jogo já tinha gente vaiando e pedindo a saída do atleta – pseudo-torcedores, diga-se. Kléber é a essência do futebol atleticano. Capaz de levar a torcida do inferno ao céu em segundos. É aquele capaz de fazer gols maravilhosos – quem não se lembra daquela pintura contra o Malutrom, no Paranaense 2001? – e perder gols inacreditáveis – lembram contra o Londrina, na arrancada do estadual do ano passado? É o nosso velho Kléber de sempre.
Mas chegar ao ponto de vaiar o artilheiro que “simplesmente” ajudou o time a conquistar o bi-campeonato estadual, decolar na Libertadores 2000, vencer a seletiva e, mais importante ainda, foi um dos grandes responsáveis pelo título brasileiro, é no mínimo ingratidão ou sangue verde e branco. Quem deveria torcer contra o Kléber e rezar para que ele saia do Atlético são nossos adversários e não a gente! A gente tem mais é que incentivar o continuar acreditando em nosso matador.
E um pedido especial a todos os torcedores que estão acostumados a vaiar Kléber em todas as partidas – mesmo naquelas em que ele barbariza, faz dois, três gols, mas perde um pênalti ou um “gol feito”: na hora em que vocês estiverem comemorando o próximo gol do artilheiro Rubro-Negro, pensem em tudo o que vocês vêm fazendo com ele. E não esqueçam, o Kléber pode até tardar, mas ele não falha!