Para sempre, Atleticanismo
Sinto orgulho de dizer que sou atleticano… Mais até do que dizer que
sou
brasileiro. Motivo disso é o que ouvimos na mídia. No Brasil há muita
corrupção, enganação e isto, de certo modo, me enoja. Já no Atlético,
gosto de
pensar que todas as confusões são o reflexo de que queremos melhorar.
Quando os
diligentes brigam com o time pedindo raça, ou quando o técnico sai do
time
por
sua incompetência, isto me faz sentir que nada está perdido e que
continuaremos
sendo o Atlético, terror da Baixada.
Mas tudo isso não se compara à emoção de estar no meio da torcida,
gritando
para apoiar ou cobrar o time, como uma legião de pais afetuosos que
não
deixam
seu filho desistir. Eu estava no jogo contra o São Caetano na grande
final, com
um grande número de membros da minha família(cerca de 30 mil), e vi de
camarote
o nosso time mostrando sua paixão recíproca para a torcida pois, como
todos nõs
sabemos, não há amor unilateral. Eu vi o time lutando, eu vi a alegria
do
jogador que, nos últimos minutos de jogo, levou o penalti. Eu vi… E
senti…
Considero que para você ser atleticano não basta você dizer que é.
Tem
que
sentir, tem que mostrar, tem que lutar. E eu ponho isso em prática.
Todos
sabem
que sou atleticano, pois não tenho medo nem vergonha. Se algum coxa
vier
se
engraçando para o meu lado, com aquelas piadinhas velhas de
“meio-estádio”, ou
decisão do campeonato brasileiro com um time pequeno, retruco logo que
nosso “meio-estádio” é o estádio mais moderno da América Latina, e se
for
para
considerá-lo “meio-estádio”, é o melhor do mundo. Quanto ao fato da
disputa com
time pequeno, alego que pelo menos fomos campeões com o melhor ataque
do
campeonato, passamos por times grandes, ficando melhor do que todos
eles e
finalizo dizendo que ele nem deve saber a emoção de ser campeão
brasileiro
mais, uma vez que muitos desses torcedores não sabem como foi, ou nem
estavam
vivos na época. Vivemos dos feitos do presente e não apenas das
glórias do
passado.
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Concluo assim que não basta amar o time, tem que incorporar o
espírito e
odiar
o rival. Fico feliz por saber que meu time é bom, atual campeão
brasileiro
e
rumo ao bicampeonato… Mas mais feliz ainda por saber que o coxa é,
bem… o
coxa.
Rubro-negro é quem tem raça e não teme a própria morte.
Valeu, Atlético, por estar presente em minha vida desde o início, com
seus
ídolos, com sua torcida, com sua paixão!