Assim como não podemos nos furtar de fazermos nossas críticas, quando estas são justas e construtivas, também não podemos deixar de elogiar os acertos e agradecer quando nossos singelos pedidos são atendidos.

Ontem, dia 27/04/03, a Arena da Baixada vivveu mais um de seus dias mágicos, daqueles que ficam eternizados na memória de quem estava lá. Nosso Furacão foi bravo, forte, humano, mas sobretudo, vencedor, provando que tem forças para vencer obstáculos e situações adversas.

E isto ocorreu, curiosa e coincidentemente no dia em que nos devolveram o prazer de assistir o jogo no Alambra, após longo e tenebroso inverno.

É verdade que a maldita cordinha de isolamento ainda está lá, mas pelo menos ontem, a Polícia Militar e os Seguranças do Atlético não retiraram de lá os torcedores que assistiam o jogo grudados no alambrado, nem mesmo nos momentos difíceis que o time vivenciou na luta contra o Tigre.

E ninguém seria louco de duvidar e sustentar que o Atlético teria ido do inferno ao céu, em menos de 45 (quarenta e cinco) minutos sem a ajuda de sua torcida. Esta, um capítulo à parte na tarde de ontem, teve momentos de anti-atleticanismo, gritando olé e chamando o time de “timinho”, mas logo percebeu a “alvi-verdada” que estava dando, cantou o hino mais bonito do mundo, numa demonstração de puro amor incondicional e apoiou o time até o final, jogando como o décimo-primeiro (é, estavámos com um a menos) jogador.

E, acredito, que sem o Alambra, para apoiar os jogadores, cobrar garra dos mesmos, e apupar a péssima arbitragem, com elogios impublicáveis ao bandeirinha que corre ali na frente, a virada de ontem seria muito mais difícil e improvável, talvez até impossível.

Por isto, agradeço, em meu nome e em nome daqueles que freqüentam o Alambra, a devolução de nosso espaço, atitude sensível da diretoria que parece querer voltar a estar perto do povo atleticano. Só peço agora, que isto continue assim, e que, para que se cumpra as formalidades de praxe, retire-se de lá a cordinha que simboliza uma era que espero tenha ficado no passado.

Agradeço por fim, aos jogadores que tanto se empenharam ontem, pela vitória e pela devolução do sorriso aos rostos da Baixada, sejam estes os mais freqüentes ou os mais esporádicos, mas que saíram do estádio ontem satisfeitos com a dedicação e amor à camisa demonstrados.

Saudações Rubro-Negras.