Sugestões
Novamente venho ocupar este democrático espaço, do qual, aliás, sou assíduo leitor e pelo qual tenho grande respeito.
Desta feita não vou abusar da paciência do leitor com maus presságios e augúrios tempestivos. Todos os Atleticanos já sabem, ao passo que se vai, o que pode acontecer com o CAP. Vou aproveitar, portanto, para deixar sugestões.
Pelo que se andou lendo por aí, Benê novamente será a voz de Mário Sérgio técnico dentro de campo. Espera-se, portanto, que os jogadores respeitem o Benê e não cometam as barbaridades cometidas no jogo contra o Flamengo. Dois expulsos quando tinhamos tudo para ganhar.
Pois bem. Também noticiou a imprensa que o CAP melhorou muito com a entreda de Fernandinho: a) não seria hora de tentar colocar o garoto desde o início? b) não seria hora de deixá-lo jogar ao lado de Jadson? c) não seria hora de colocar apenas um volante em campo, deixando dois meias para armar as jogadas e abastecer os atacantes? d) não seria hora…
Passo o tempo todo fazendo elocubrações e não consigo imaginar um time ideal para o CAP. Isto porque não há time ideal. Mário Sérgio deixou bem claro que se auto-concedeu um prazo de quinze jogos para chegar a uma formação ideal para o CAP.
Ora, o campeonato brasileiro de 2003 é de pontos corridos. Portanto, é necessário um time com 23 jogadores, onde os reservas possam entrar e corresponder ao padrão de jogo do time.
Padrão de jogo…
Epa! Então não é uma escalação que falta. O que falta ao CAP é um padrão de jogo. Um estilo de jogo.
Não vale aqui dizer que tem que jogar com raça, que tem que jogar com o coração, que tem que marcar, que não pode deixar o adversário jogar, etc., etc., etc.
Padrão de jogo se observa quando a bola está nos pés, quando o time vai ao ataque, quando o time troca passes e quando o time sai jogando. Alguém aí pode me dizer qual o padrão de jogo do CAP?
Mário Sérgio vem tentando dar um padrão ao time. Deve-se admitir. Mas não está dando certo. Não seria hora de tentar outro?
O único medo que realmente sinto e que sou incapaz de esconder: ao final de quinze jogos com Mário Sérgio no comando, se não haver nem time ideal, nem padrão de jogo, haverá tempo para recuperação.