Dois corações, uma coincidência
Acompanho futebol para valer desde o fim de 1992. Dentro do esporte, encontro diversas histórias de superação: Davis que vencem Golias, diversas Fênix ressurgindo das cinzas e por aí vai. Um problema cardíaco sempre traz dificuldades para um atleta e Washington não é o primeiro caso a superar isso.
O ano foi algo entre 1993 e 1995, o time era o Londrina, o jogador era o volante Alexandre. O problema cardíaco eu não consigo precisar qual era. O tempo parado foi de cerca de 10 meses. No jogo do retorno, o Londrina venceu bem (foi um 4 a 1, se não me engano). Alexandre fez o último gol, batendo de fora da área. O caso de Washington demandou 15 meses sem jogar e no jogo da volta, pelo Atlético, o time venceu bem (3 a 0 sobre o Paraná). Washington fez um gol (o primeiro) e poderia até ter feito mais, mas foi uma excelente estréia, que deve ser uma abertura para uma relação com a torcida atleticana que trará muitas alegrias.
Vamos às coincidências:
1- Os dois jogadores tiveram problemas no coração (já deixei isto óbvio);
2- Eles retornaram por equipes paranaenses (Alexandre já jogava no Londrina antes do problema e Washington veio se recuperando);
3- Ambos marcaram gol no retorno (e não foi de bola parada e os retornos foram em jogos oficiais);
4- Dois jogadores jovens, quando tiveram o problema (Alexandre tinha uns 25 anos, se não estou errado. Washington tem 28);
5- Ambos jogadores raçudos (Alexandre era um volante marcador e de muito fôlego. Washington dispensa apresentações);
Eu infelizmente não sei o paradeiro de Alexandre. Acredito que, pela idade, deve ter parado de jogar, ou esteja encerrando a carreira. Mas a história dele, numa época em que a medicina era um pouco menos evoluída, deu-me certa tranqüilidade sobre Washington.
Não me chamem de oportunista por estar apenas falando disto depois da estréia de Washington, mas desde do início tinha comigo que dando tempo ao tempo, iria dar certo para Washington e para o Atlético.