Ainda falta muito
O Brasileiro segue o seu curso normal. Para nós, a primeira impressão não chegou a animar. Depois de duas derrotas ridículas e um esboço de recuperação fora de casa, deixamos de ganhar o clássico na Baixada. O empate, que em outras circunstâncias poderia ser visto com tranqüilidade, manteve o clima estranho que tomou conta do clube nos últimos tempos. Estávamos com um jogador a mais e o adversário veio repleto de remendos e improvisações.
Tivemos o consolo de ver o estádio cheio outra vez, graças à mobilização da torcida e a uma liminar da Justiça. Mas os cartolas, apesar de utilizarem um discurso conciliador, não se conformaram com a sentença que fixou em R$ 15 o preço dos ingressos. Ao proibirem a bateria das organizadas, mostraram, uma vez mais, que estão distantes da plebe. Para eles, melhor seria apreciar, da jaula em que estavam instalados, as belas cadeiras vazias o resultado da “modernidade” imposta ao rubro-negro.
As coisas podem mudar, porém. Fleury se desculpou com os torcedores pelo destempero verbal que marcou o início da sua administração. Pode ter sido uma declaração tão sincera quanto o abraço de Aristizábal no Rogério Correa, após o término do Atletiba, mas não deixa de ser um começo. De qualquer forma, ainda falta muito para recuperarmos a auto-estima. É preciso melhorar.
P.S.: Nada mais patético do que os argumentos utilizados pelos nossos adversários na tentativa de justificar os equívocos que cometeram no caso do Ataliba. A tentativa de envolver o Atlético numa falha conjunta da CBF e do CFC é um exemplo acabado de desespero, ódio e falta de ética. Mas, afinal, o que poderíamos esperar da coxarada?